A Polícia Federal terá mais um meio para coibir os crimes eleitorais durante a disputa de 2024. Em entrevista ao quadro MGR na Política, nesta quinta-feira (29), o superintendente da corporação em Minas Gerais, Richard Murad Macedo, detalhou que o foco do novo projeto será na atuação digital.“Além da estrutura formal de combate a crimes eleitorais, teremos uma delegacia de crimes cibernéticos que vai acompanhar em todo o Brasil, e especialmente em Minas Gerais, a atuação dos candidatos em redes sociais e eventuais crimes de fake news eleitoral ou qualquer crime cometido pelo meio digital”, comentou. “No dia das Eleições, é vedado ao candidato o impulsionamento de qualquer material de divulgação de campanha”, detalhou sobre o risco do que ele chama de boca de urna digital.Outra novidade é a plataforma BI lançada pela PF para garantir transparência nas investigações. “O próprio cidadão vai verificar o acompanhamento das investigações eleitorais, o número de inquéritos instalados na sua região, quais os principais tipos de crime, obviamente, resguardando o sigilo das investigações”, detalha.As iniciativas não são as únicas para organizar a atuação da PF e de outros órgãos públicos no pleito deste ano. A 100 dias do primeiro turno, foi inaugurado em Minas Gerais o Gabinete Integrado de Segurança. “É uma referência de todo Brasil. Uma iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral, com a capitania dos desembargadores Ramom [Tácio] e [Paulo] Tamburini, onde se reúne todos os órgãos que diretamente e indiretamente participam do processo eleitoral para que tenhamos uma atuação integrada, célere e eficiente. Desde órgãos como Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Ministério Público Eleitoral, Justiça Eleitoral e vários outros que atuam conosco para garantir a segurança nas eleições”, concluiu Macedo.O chefe da PF ressaltou que a instituição está aberta à população para receber denúncias. Os registros podem ser feitos pela plataforma Comunica PF, neste link.