Empresário é acusado de soltar rojão e causar incêndio no parque Serra do Rola-Moça, em MG
Investigação mostrou que homem explodiu artefatos na área de vegetação durante uma gravação de vídeo para a empresa dele
Minas Gerais|Vinícius Araújo, Da Record TV Minas
A Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu mandados de busca e apreensão na casa, na loja e no veículo do empresário suspeito de um incêndio criminoso no parque Serra do Rola-Moça, entre Belo Horizonte e Ibirité, na região metropolitana. Nos imóveis, na região oeste da capital, os policiais recolheram documentos, celulares e mídias eletrônicas nos quais podem ter arquivos relacionados à prática criminosa que provocou a queima de 250 hectares.
O fogo atingiu a área de preservação ambiental entre 15 e 16 de setembro deste ano, e só foi controlado depois de dois dias. A procura pelo autor do incêndio começou depois que um rojão foi apreendido no topo da serra e imagens de câmeras ajudaram a identificar o carro e o dono do veículo. As investigações duraram cerca de um mês e resultaram na Operação Sentinelas da Floresta.
A Delegacia de Meio Ambiente apurou que o investigado explodiu os artefatos na área do parque durante a gravação de vídeos promocionais que ele postava nas redes para a venda de celulares. O incêndio causou a destruição da mata, e a estimativa é que mais de R$ 600 mil tenham sido empregados no combate às chamas.
O empresário investigado já tem passagens pela polícia por crimes diversos, entre eles tráfico de drogas e tentativa de homicídio. Os agentes ainda apuram se ele teve a ajuda de um comparsa no dia em que explodiu os fogos na serra.
O crime de incêndio prevê pena de dois a quatro anos de prisão. As investigações continuam, e o próximo passo é concluir se o suspeito agiu de forma culposa, dolosa ou ainda com dolo eventual. A reportagem tenta contato com a defesa do empresário.