Minas Gerais Estado multa Furnas em quase R$ 300 milhões por não limpar lagoa que transbordou em Capitólio (MG)

Estado multa Furnas em quase R$ 300 milhões por não limpar lagoa que transbordou em Capitólio (MG)

Para Secretaria, falta de manutenção é a responsável pelo transbordamento dos lagos que alagaram a cidade no início do mês

  • Minas Gerais | Leandro Silva, da Record TV Minas e Maria Luiza Reis, do R7

Vias ficaram completamente alagadas

Vias ficaram completamente alagadas

Reprodução / Record TV Minas

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) multou em quase R$ 300 milhões a empresa responsável pela manutenção do canal de refluxo do Rio Piumhi, no município de Capitólio, a 276 km de Belo Horizonte. 

Uma equipe de fiscalização esteve na cidade, na última segunda (23), e constatou a falta de manutenção do canal de refluxo do Rio Piumhi, de responsabilidade da Furnas Centrais Elétricas. 

Segundo a Secretaria, o transbordamento das lagoas próximas à cidade foi ocasionado pelo não funcionamento devido da estrutura que seria responsável pela drenagem das lagoas do Rio. De acordo com os servidores da Prefeitura, o canal foi limpo pela última vez no ano de 1986.

A equipe da Semad observou durante a vistoria que parte da cidade ainda estava alagada, incluindo canais de coleta de esgoto, causando o extravasamento do material citado para as vias públicas. De acordo com o boletim da Defesa Civil da última segunda-feira, o alagamento atingiu 46 casas, deixando 84 pessoas desalojadas e quatro pessoas desabrigadas.

Em nota, a Semad pontou que a resolução do problema depende da realização de obras de desassoreamento e desobstrução do canal. Sem elas, a secretaria acredita que essa situação será recorrente no município.

"É importante destacar nesta ação efetiva de fiscalização realizada pela Semad que o Estado está atento e, além da multa de quase R$ 300 milhões aplicada à empresa, solicitou o início imediato da operação de dragagem para desassoreamento do corpo d'água e outras providências para evitar novas ocorrências dessa natureza", reforçou a secretária Marília Carvalho de Melo.

A empresa ainda deverá protocolar relatório descritivo e fotográfico, comprovando o início das obras em até 15 dias. O não-cumprimento das medidas determinadas é passível de novas sanções administrativas.

A reportagem procurou a Furnas Centrais Elétricas S.A. que informou que "tomará as medidas jurídicas cabíveis quando for oficialmente notificada da multa."

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