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Estudantes de colégio federal de MG descobrem asteroide

Corpo celeste foi visualizado por alunos da UFV; confirmação depende da Nasa e pode levar até 10 anos para ser nomeado

Minas Gerais|Júlia Ennes*, da RecordTV Minas

Gustavo, Pedro, Vinícius e João Vitor são alunos do primeiro ano do ensino médio.
Gustavo, Pedro, Vinícius e João Vitor são alunos do primeiro ano do ensino médio. Gustavo, Pedro, Vinícius e João Vitor são alunos do primeiro ano do ensino médio.

Quatro estudantes do Colégio de Aplicação CAp-Coluni, colégio federal da UFV (Universidade Federal de Viçosa), descobriram um asteroide em um projeto desenvolvido pela Nasa (Agência Espacial Norte Americana). O asteroide agora pode receber o nome de UFV0021.

Vinícius Duque e João Vitor Martins Ciconha, de 16 anos, e Pedro Perry Resende e Gustavo Brito Matos, de 15, estão no primeiro ano do Ensino Médio e fazem parte do programa "Caça Asteroides", promovido pelo IASC (International Astronomical Search Collaboration), da agência espacial.

Foi a convite do avô de Vinícius, o professor aposentado do Departamento de Química da UFV, Efraim Reis. que os estudantes se inscreveram no desafio, que tem como objetivo popularizar a ciência astronômica. Em entrevista à Record TV Minas, Vinícius contou que sempre se interessou por astronomia e, quando recebeu o convite do avô, chamou os colegas que também gostam da área, para participar.

"A gente só começou a ter mais noção [de como funcionava] depois que começamos a estudar o material. A gente achava bem impossível", conta o estudante. Esta é a primeira vez que estudantes da universidade participam do programa.

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Caça Asteroides

Durante o desafio, os meninos receberam 22 pacotes de imagens geradas por telescópio e passaram um bom tempo observando o movimento dos corpos celestes até identificar se ali existiam asteroides. Depois de alguns erros de interpretações, os meninos acertaram o pacote de número 21, por isso o nome UFV0021 foi dado ao asteroide.

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"A gente recebe o material e tem que ir fazendo a diferenciação das imagens dos telescópios entre o que é asteroide e o que são outras coisas. A gente vai enviando, de acordo com os pacotes, o que achamos que são asteroides. Quem envia primeiro, recebe a paternidade", explica Vinícius. "Acontecia que os pacotes saíam de tarde, quando a gente estava em aula, então, quando a gente chegava em casa, os [asteroides] mais aparentes já tinham sido pegos por outras equipes. Acabou que a gente pegava os mais difíceis", continuou. 

O projeto é o mesmo da estudante do segundo período de Física na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Laysa Peixoto Sena Lage, de 18 anos, descobriu um asteroide, em 2021. A moradora de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, ganhou um curso de astronautas da Nasa, após a descoberta.

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Para participar do programa, as equipes precisam passar por um treinamento online para aprender a identificar os corpos celestes. Com isso, aprendem questões básicas de astronomia e a acessar as imagens geradas por um telescópio localizado no Havaí, nos Estados Unidos, disponíveis no site do IASC. Os estudantes também têm que aprender a usar os softwares específicos para essa identificação.

Vinícius diz que não pretende seguir carreira na astronomia, mas que a experiência de participar de projetos como este valem muito a pena e pode ajudar na escolha profissional de outros estudantes que sonham em ser cientistas.

A confirmação, agora, depende da Nasa, e pode levar até dez anos para que o asteroide possa ser oficialmente batizado com o nome da UFV.

*Estagiária sob supervisão de Ana Gomes

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