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Ex-juiz do TRE de Minas é alvo de operação da Polícia Federal

Operação foi autorizada pelo ministro Herman Benjamin, do STJ, em Brasília; mandados foram cumpridos na casa e no escritório do suspeito

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Escritório do ex-juiz foi alvo de buscas
Escritório do ex-juiz foi alvo de buscas

O ex-juiz do TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais) e advogado empresarial, Bady Curi Neto, foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal) em Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (23).

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão no escritório do ex-magistrado, na avenida Major Lopes, no Bairro São Pedro, e na casa dele, no Belvedere, na região Centro-sul da capital mineira. As equipes chegaram por volta das 6h30.

Além dos dois endereços do advogado, a PF cumpriu mandado na sede de uma empresa do segmento de alimentação, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de BH.

De acordo com as investigações, o advogado teria intermediado um esquema de propina para que dois empresários conseguissem ganhar uma causa na Justiça.


Os mandados são de busca e apreensão de documentos e equipamentos eletrônicos. Segundo fontes, os investigados foram intimados a prestar depoimento e não foi expedido mandado de prisão contra eles.

A operação foi autorizada pelo ministro Herman Benjamin, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília. A investigação teve início em 2015 e envolve uma autoridade com foro privilegiado junto ao STJ. O caso corre em segredo de Justiça.


Em nota enviada à reportagem, o escritório de advocacia empresarial Bady Curi informou que não teve acesso à investigação. 

Confira a nota na íntegra:


Em respeito absoluto à ética e a transparência que defendemos ao longo dos últimos 25 anos de atividade de advocacia em todo o Brasil. BADY CURI ADVOCACIA EMPRESARIAL passa a esclarecer:

"Que causou indignação às notícias equivocadas e veiculadas pela imprensa na data de hoje, dia 23/05/2019, sem nenhum múnus com o prejuízo que tais falsas afirmações podem trazer ao indivíduo, seu escritório e sua honra;

Qualquer acusação de ilegalidade na conduta do advogado é caluniosa e deve ser rigorosamente investigada para que não paire nenhuma dúvida, tampouco suspeita;

Quanto à investigação, que sequer tivemos acesso, mesmo comparecendo espontaneamente e prontamente na sede da Polícia Federal, e que foi noticiado pela imprensa, de nada temos conhecimento. Para melhor esclarecer, até o presente momento, não conseguimos acesso a decisão que motivou a busca e apreensão e muito menos sabemos os motivos;

Pelo que tomamos conhecimento pela imprensa, a respeito do processo que litigam a empresa Packfoods Comercio, Empacotadora e Beneficiadora Ltda e o Banco Rural, informamos que o escritório não representa o processo para aquela empresa e seus sócios desde o final de 2015, início 2016;

Às informações estão equivocadas. A ação que a imprensa fez referência, na realidade não visava o recebimento de quaisquer valores, era tão somente uma Medida Cautelar para impedir a negativação do nome da empresa Packfoods. (Sustação do Protesto), por títulos abertos com o extinto Banco Rural; Não havendo em se falar em valores ganhos monetários;

A ação principal que discutia juros abusivos sequer foi julgada, segundo informativo do próprio TJMG, e são representados por advogados estranhos ao escritório;

O escritório Bady Curi Advocacia Empresarial reitera seu compromisso com a verdade das informações e está à disposição para eventuais esclarecimentos, que certamente fará após ter, ao menos, a decisão que motivou a Busca e Apreensão e ao Inquérito Investigatório."

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