A professora Roseli Ferreira Pimentel, ex-prefeita de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, vai a júri popular, acusada de mandar matar um jornalista na cidade, em agosto de 2016.
Segundo as investigações, a ex-chefe do Executivo teria usado R$ 20 mil dos cofres públicos para pagar os suspeitos de matar o jornalista Maurício Campos Rosa. O homem foi assassinado com cinco tiros. Testemunhas revelaram que Rosa estaria exigindo dinheiro para não divulgar denúncias contra a prefeita, durante a corrida eleitoral de 2016.
Outras sete pessoas também vão ser julgadas pelo júri, suspeitas de participação no crime. A data da reunião ainda não foi definida. A reportagem tenta contato com a defesa da ex-prefeita.
Em 2017, Roseli foi presa durante as investigações do assassinato, mas foi solta graças a um habeas corpus do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Na época, a corte determinou que a professora passasse a usar tornozeleira eletrônica.
Renúncia
Entre os anos de 2017 e 2018, a Justiça Eleitoral, em primeira e segunda instância, condenou a chapa de Roseli, por irregularidades em financiamento de campanha. A política foi afastada do cargo e a Câmara abriu um processo de cassação do mandato dela. Contudo, a ação foi extinta, após Roseli renunciar ao cargo, em maio de 2018.