O ex-vice governador e senador de Minas Gerais Clésio Andrade (PMDB) prestou depoimento no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (2), no processo que investiga o caso conhecido como mensalão mineiro. O político é acusado de desvio de verba para beneficiar a reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao Governo do Estado, em 1998.
O caso batizado de "mensalão mineiro" culminou com a acusação de políticos, empresários e membros do Governo. De acordo com o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), Andrade é um dos sócios de uma agência de publicidade e, assim, teria ajudado a desviar R$3,5 milhões como patrocínio para a campanha de Azeredo, do qual era vice. Segundo as investigações, o dinheiro teria saído da realização de quatro eventos esportivos realizados pela agência.
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No depoimento que durou ceca de uma hora e meia, o réu negou as acusações e afirmou desconhecer a movimentação financeira da campanha e de repasses entre as empresas. De acordo com TJMG, Andrade alegou que se desvinculou das empresas que era sócio do publicitário Marcos Valério, em 1997, ou seja, antes dos fatos narrados. Agora, a acusação e a defesa têm 30 dias para apresentar as alegações finais do processo.
Em 2015, Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no caso. A defesa do tucano entrou com um recurso contra a decisão que vai ser analisado no dia 22 de agosto deste ano. Enquanto isso, o ex-governador aguarda em liberdade.