Facção é suspeita de série de ataques em Minas Gerais, diz polícia
Ao menos 24 ônibus, além de delegacias e bancos foram incendiados em várias cidades do Estado. Pelo menos 30 pessoas já foram presas
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com RecordTV Minas
A polícia de Minas Gerais investiga se uma série de ataques a ônibus e instituições no Estado foi ordenada por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Em várias cidades, ao menos 24 veículos, uma delegacia, um ponto de apoio da PM (Polícia Militar) e três bancos foram incendiados.
Os primeiros crimes foram registrados nesse domingo 3). Até a tarde desta segunda-feira (4), 30 pessoas foram presas por envolvimento nos crimes, sendo oito em flagrante.
Segundo o porta-voz da PM, major Flávio Santiago, circulam áudios na internet que atribuem os ataques à facção, mas até o momento, a veracidade não foi confirmada.
— Tivemos três bancos envolvidos nesses ataques e estabelecimentos públicos como delegacia. Muitos desses envolvidos foram presos e conduzidos, em princípio, com envolvimento nos ataques.
No Triângulo Mineiro, foram, ao menos, cinco ataques. Em Uberlândia, as chamas altas consumiram completamente um coletivo. A fumaça preta atingiu a rede elétrica. O fogo quase se alastrou para uma loja na rua onde o ônibus estava estacionado. Foi preciso fazer um buraco no muro para permitir a passagem das pessoas. Por causa dos ataques, a empresa que teve os veículos incendiados suspendeu a circulação da frota na cidade.
Em sete municípios do Sul de Minas, ônibus também foram queimados. Alfenas foi palco de dois ataques. Os bombeiros tiveram muito trabalho para apagar o incêndio. Os veículos ficaram destruídos. Em Guaxupé, os criminosos invadiram a garagem de uma empresa de ônibus. Seis coletivos foram incendiados. Bandidos agiram da mesma maneira em Itajubá, Pouso Alegre, Passos, Vergonha e Monte Santo de Minas.
Em Santa Luzia, na Grande BH, um ônibus de turismo também foi alvo. Eles quebraram a janela e colocaram fogo. A polícia foi chamada, mas os incendiários não foram encontrados. O fogo foi controlado pelo próprio motorista.
Ainda não é possível apontar ligação entre os casos. Mas, segundo os militares, todas as ações registradas no Estado foram criminosas.