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Famílias em situação de rua são retiradas de casarão tombado 

Cerca de 18 pessoas viviam no imóvel localizado em Lourdes, bairro nobre de BH; trânsito foi fechado por duas horas na região

Minas Gerais|Regiane Moreira, da Record TV Minas

Imóvel centenário será reformado em breve
Imóvel centenário será reformado em breve Imóvel centenário será reformado em breve

A Polícia Militar realizou, na manhã desta terça-feira (24), a reintegração de posse de um casarão localizado na esquina da rua Santa Catarina com a avenida Bias Fortes, no Centro de Belo Horizonte. O trânsito no local ficou interditado por cerca de duas horas.

A ação teve início às 5h15 da manhã e contou com a participação de representantes da Justiça. Na casa, viviam cerca de 18 pessoas que estavam em situação de rua. Uma das primeiras pessoas a ocupar o casarão foi o servente Marcos Antônio da Silva, que vivia no local junto com um filho.

— Antes de vir para cá eu vivia na rua com minha criança, tomando chuva, passando fome.

Yula Horta de Azevedo também era uma das moradoras do imóvel. Ela é de Ipatinga, a 209 km de Belo Horizonte, e veio para a capital mineira após perder o emprego de tosadora em um pet shop. A mulher afirma que não conseguiu nenhuma oportunidade aqui por conta do preconceito.

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— Eu fiz entrevista em uma empresa aqui e até passei. Depois, a dona me perguntou onde eu morava e eu disse que eu vivia em um local provisório. Ela descartou meu currículo na hora e não me chamou para trabalhar.

O imóvel de dois andares havia sido alugado pela locadora de imóveis Localiza em agosto de 2020, quando estava vazio. Segundo a empresa, a construção é tombada pela Prefeitura de Belo Horizonte e vai passar por uma série de reformas para “contribuir com o resgate da memória arquitetônica” da capital mineira.

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Na segunda-feira (23), assistentes sociais da Prefeitura de Belo Horizonte estiveram no local e realizaram o cadastro de todas as 18 pessoas no sistema da PBH. Segundo o representante do Movimento de Libertação Popular, Bruno Cardoso, os moradores estavam cientes da decisão judicial e não apresentaram resistência.

No imóvel, ficaram dois seguranças e alguns poucos pertences. A maioria dos móveis e objetos pessoais foram colocados em um caminhão providenciado por voluntários. O trânsito da região foi liberado por volta das 7h30.

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