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Filha do fundador da Ricardo Eletro é solta após prestar depoimento

Juiz também suspendeu a prisão de um dos diretores da rede de lojas citado na investigação sobre um esquema de sonegação de impostos na empresa

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Empresa alega que Ricardo deixou sociedade em 2019
Empresa alega que Ricardo deixou sociedade em 2019

Laura Nunes, filha do fundador da Ricardo Eletro, foi solta na noite desta quarta-feira (8), após prestar esclarecimentos sobre um possível esquema de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro na rede de lojas.

Assim como o pai, Laura foi detida em uma operação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais, com a Polícia Civil e Receita Estadual.

A Justiça revogou a prisão da filha de Ricardo Nunes por considerar que a jovem cooperou com as investigações. O advogado que acompanha Laura informou à reportagem que a investigada já está em casa, na Grande BH.

Os investigadores tinham um mandado de prisão contra Pedro Magalhães, executivo da rede de lojas, mas o gestor não foi encontrado durante as buscas.


Leia também: Rede usa sonegação como política de negócio, diz MP

A Justiça também suspendeu o pedido de prisão de Magalhães, na condição de que ele se apresente ainda nesta quinta-feira (9) para prestar esclarecimentos. Segundo fontes do MP, se o executivo não se apresentar, a determinação de prisão entrará em vigor novamente.


Nunes, que foi detido em São Paulo, foi transferido para Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde deve prestar depoimento nesta quinta. A reportagem tenta contato com a defesa de Pedro Magalhães.

O esquema


Segundo os investigadores, a empresa deixou de repassar ao Governo de Minas R$ 380 milhões arrecadados com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), mesmo tendo recolhido a taxa dos clientes.

O promotor de Justiça Fábio Reis de Nazareth detalha que quando a empresa era questionada pelo poder público, os administradores negociavam a dívida, mas não realizavam os pagamentos.

— A rede mantinha o Estado em "banho-maria", falando que tinha interesse em negociar, mas não fazia propostas ou assinava o termo de parcelamento, pagava duas parcelas e facava inadimplete novamente.

O delegado Vitor Abdala, da Polícia Civil, explica que a suspeita é que o montante não repassado ao Estado tenha sido usado para comprar empresas e imóveis no nome de parentes do empresário Ricardo Nunes, fundador da rede de lojas, o que caracterizaria lavagem de dinheiro. A rede de lojas também estaria pagando contas particulares de Nunes.

— Inclusive recebemos informações de empresas nas Ilhas Britânicas em nome da mãe do investigado. É uma senhora de quase 80 anos de idade que vai ser intimada a depor.

Segundo a Ricardo Eletro, as supostas irregularidades teriam ocorrido na gestão de Ricardo Nunes que, segundo a empresa, deixou de ser sócio da marca em 2019. A companhia destacou que está cooperando com todas as investigações.

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