Governo de MG ainda não tem previsão para regularizar salário
Governador Romeu Zema e equipe econômica avaliam que conseguiram bons resultados na gestão, mas ainda enfrentam dificuldades financeiras
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

O Governo de Minas Gerais ainda não sabe quando será possível normalizar o pagamento dos salários dos servidores do Estado, que tem sido feito em dois repasses mensais.
A informação foi divulgada durante uma coletiva do governador Romeu Zema (Novo) e sua equipe econômica para fazer um balanço das ações executadas nos dois primeiros anos da gestão.
O parcelamento dos vencimentos do funcionalismo foi herdado do governo de Fernando Pimentel (PT). Apesar de ainda não ter conseguido normalizar a situação, o governador destacou que tem conseguido fazer os pagamentos nas datas prometidas, o que nem sempre ocorria na gestão passada.
Os gastos com pessoal também estão no alerta da gestão Zema no que toca o volume de dinheiro destinado à área, que segue acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ainda em relação aos gastos com pessoal, o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, destacou que a equipe econômica tem se empenhado desde 2019, quando o partido Novo assumiu o governo, para corrigir a situação.
Segundo Barbosa, no início da atual gestão, o gasto com pessoal comprometia 66,65% da RCL (Receita Corrente Líquida), enquanto o permitido é de 49%. A margem gasta atualmente está em 55,33%.
— Ainda estamos acima do que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, que é 49% para o Poder Executivo. Mas, claramente, estamos em uma situação bem melhor do que estávamos no passado.
Economia
Zema disse que a reforma da Previdência aprovada neste ano na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) vai ajudar o caixa do governo. A economia esperada é de R$ 20,6 bilhões para 10 anos, sendo R$ 1,1 bilhão já em 2021. O governador avaliou, no entanto, que caso o texto aprovado fosse como o sugerido por ele, a abrangência seria maior.
— Em Minas um dos pontos que eu falo que não poderíamos ter deixado de incluir é uma correção automática do tempo de contribuição de acordo com a expectativa de vida. Se daqui há dez anos nós estaremos vivendo mais, por que ter outra reforma gerando desgaste e não deixar tudo automático?
Agora, o governador defende a aprovação de outras reformas, como as administrativa e tributária, para ajudar o Estado a se recuperar da crise econômica que enfrenta.
Zema destacou, ainda, que conseguiu economizar reduzindo o número de secretarias de 21 para 12 e os gastos com a frota de aeronaves do governo.













