Governo de Minas defende que isolamento social precisa ser maior
Plataforma mostra que taxa de adesão à quarentena no Estado estava em 39% nesta segunda-feira (29); percentual já chegou a 62,1%
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
Técnicos da SES (Secretaria de Estado de Saúde) defendem que o isolamento social precisa aumentar em Minas Gerais para que o ritmo de desenvolvimento do coronavírus reduza.
A informação foi divulgada pelo chefe de gabinete da pasta, João Pinho, durante coletiva na tarde desta terça-feira (30).
— O Estado entende que o isolamento poderia ser um pouco maior do que o que temos hoje, com o controle dos protocolos aplicáveis ao momento.
Segundo a plataforma InLoco, que fornece dados ao Governo do Estado, o índice de adesão à quarentena em Minas Gerais estava em 39% nesta segunda-feira (29). O maior percentual alcançado foi no dia 22 de março, com 62,1%.
Na última semana, a SES orientou que a maior parte das cidades mineiras só autorizem o funcionamento dos comércios considerados essenciais. Belo Horizonte foi um dos municípios que voltou atrás com a flexibilização e determinou um novo fechamento das lojas.
Durante o pronunciamento, João Pinho avaliou que o momento é delicado devido aos reflexos econômicos causados pela pandemia. O representante da Secretaria de Saúde pediu, no entanto, que todos os moradores que podem ficar em caso evitem sair às ruas e que as prefeituras sigam com seriedade os protocolos desenhados para conter o avanço da covid-19.
— Não vai haver protocolo suficiente se o isolamento for baixo.
Segundo o chefe de gabinete da SES, atualmente, 165 das 853 cidades mineiras aderiram ao programa Minas Consciente. O projeto estabelece um conjunto de orientações sobre o que deve abrir ou fechar para os prefeitos que avaliarem ser possível flexibilizar o isolamento. Os municípios não são obrigados a adotar as medidas, uma vez que, segundo o STF (Supremo Tribunal Federal), as prefeituras têm poder de decisão sobre o isolamento.
Pinho destaca, ainda, que outras 100 cidades que não aderiram ao programa, estão seguindo regras mais rígidas, previstas na deliberação 17, lançado pelo Governo Estadual antes do anúncio do projeto.