Greve dos professores municipais tem 60% de adesão, diz sindicato
Servidores da rede pública de BH deveriam ter voltado ao trabalho nesta segunda-feira (26) para preparação do retorno dos alunos
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O Sind-Rede/BH (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte) caucula que ao menos 60% dos professores da categoria não retornaram ao trabalho presencial nesta segunda-feira (26), data marcada pela prefeitura para retorno dos profissionais às escolas.
O grupo anunciou uma greve contra o trabalho presencial na última semana. Nos próximos dias, segundo a prefeitura, eles deveriam estar dentro dos colégios, preparando para a volta dos alunos de 0 a 5 anos na próxima segunda-feira (3).
Vanessa Portugal, professora e presidente do Sind-Rede, explica que a avaliação do sindicato não indicou segurança sanitária para retorno às atividades presenciais, mesmo com a adoção dos protocolos determinados pela Secretaria de Saúde.
— Entendemos que não existe segurança para atendermos as crianças dentro das escolas. Os trabalhadores vão continuar realizando as atividades remotas, mas não tem atendimento presecial. Avisamos aos pais para não mandarem as crianças às escolas, mesmo que elas estejam abertas.
Procurada, a Secretaria Municipal de Educação informou que só será possível avaliar a real adesão à greve no decorrer da semana. "A secretaria municipal de Educação reitera que respeita a posição da entidade sindical, entretanto a decisão de adesão é de cada servidor", destacou a pasta em nota.
Escolas particulares
Nesta segunda-feira foi a vez das escolas particulares reabrirem as portas para os alunos de até 5 anos. A movimentação foi tranquila na cidade, com pais e estudantes respeitando os protocolos de prevenção contra a covid-19.
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Segundo o sindicato que representa os colégios privados de Minas Gerais, 80% das unidades de Belo Horizonte voltaram a funcionar hoje. A expectativa é que os 30% restante retomem as atividades na próxima semana. Ainda de acordo com a instituição, 70% dos pais aceitaram que os filhos frequentem as aulas, que não têm presença obrigatória.