Cinco pessoas foram presas e dois veículos apreendidos durante a “Operação Longa Manus”, desencadeada por mais de 60 policiais civis do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta quarta-feira (9), para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão referentes à investigação iniciada com a morte do soldado da Polícia Militar Charles Coelho de Souza Júnior, de 26 anos. O crime ocorreu no dia 11 de agosto deste ano, no bairro Maria Helena, em Venda Nova, e as apurações apontaram que o soldado foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte). O mandante do crime seria Vanderlei Silva Andrade (o Chacal), de 32 anos, que lidera uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e roubo de veículos. Ele comandava a quadrilha de dentro de um presídio, em Contagem, onde cumpre pena que soma mais de 60 anos de reclusão.Leia mais notícias de Minas Gerais no Portal R7Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play Durante a ação policial, realizada em Ribeirão das Neves, Contagem e Nova Lima, simultaneamente, cinco pessoas foram presas pelo crime de associação para o tráfico, entre elas a companheira e ‘braço direito’ de Vanderlei, Ruth de Souza Andrade, de 29 anos. O casal Kênia Aline de Carvalho, de 31 anos, e Cláudio de Barcelos, de 33, apontados como ‘gerentes’ do grupo criminoso, também foram presos, assim como Elias Simões da Silva, de 34, e Robson Jefferson Santana, de 40 anos.Carros e dinheiro Ainda durante operação, foram apreendidos dois carros, comprovantes de depósito bancário e mais de R$ 5.000 em dinheiro, valor que estava escondido em um pote de ração, na casa de Ruth. Outros quatro homens, apontados como os executores do soldado Charles, continuam foragidos, sendo eles Daniel Júnior Pires Marques, Fellipe Fernandes Fidélix, Dener Augusto Martins e Diego William Prudente Rocha. No dia do crime, os suspeitos estavam de carro e, sob a orientação de Vanderlei, se aproximaram do local onde estava o veículo do soldado, sem saber que o ocupante era um policial militar. Eles tinham a intenção de roubar um veículo com as mesmas características do automóvel da vítima. Durante a abordagem, Charles não apresentou reação, em princípio. Acreditando, porém, que poderia reverter a situação, ele tentou evitar o assalto, mas acabou sendo baleado. Antes de fugir, os suspeitos ainda roubaram a arma do policial, uma pistola 380, que não foi localizada. A Polícia Civil acredita que houve uma falha de planejamento por parte do grupo, que geralmente escolhia como vítima mulheres ou homens de porte físico mais frágil, o que não condizia com as características do soldado. A operação ganhou o nome de “Longa Manus” por se tratar de uma expressão que designa o executor de ordens, utilizada na maioria das vezes em referência ao oficial de Justiça.