Segundo a Prefeitura de Betim, a clínica não tem alvará de funcionamento
Reprodução/ Record TV MinasUma clínica de reabilitação situada em Betim, na Grande BH, foi interditada pela Guarda Municipal e pela Vigilância Sanitária nesta quarta-feira (1º). Parentes dos internos alegam maus-tratos, cárcere privado, violência física e psicológica.
Os familiares dos internos relatam que os funcionários não realizavam a higiene dos pacientes de forma correta e cometiam agressões contra eles. "Meu irmão apanhou dentro do banheiro com toalha molhada e segundo ele, desmaiou e não sabe mais o que aconteceu. Ele emagreceu 20kg de março até agora", conta Karina Barroso, parente de um paciente com esquizofrenia internado há um ano na clínica.
No local estavam internadas 91 pessoas, muitas delas idosas e com necessidades especiais. Segundo as investigações, todos os pacientes foram internados de forma compulsória pelas famílias, o que deveria ser notificado ao Ministério Público, mas não era.
De acordo com a Prefeitura de Betim, a clínica não tem alvará de funcionamento. Durante a operação, a Vigilância Sanitária identificou superlotação e condições insalubres, além de situações trabalhistas irregulares e medicamentos controlados sem receita ou data de vencimento.
Um funcionário estava no local e foi preso. Os donos não estavam presentes e, segundo o comandante da Guarda Municipal, Anderson Reis, já foram presos antes pelo mesmo crime no estado de Goiás. "Tem um gerente aqui no local que nos relatou o nome dos donos do estabelecimento. Nós verificamos que já foram presos pela Polícia Federal e condenados a cinco anos de prisão pelo mesmo crime", conta.