Homem usa indenização da Vale para ampliar projeto social
Helder Lopez mora próximo ao Rio Paraopeba, que foi atingido pelos rejeitos da barragem de Brumadinho; o programa assiste a 300 pessoas
Minas Gerais|Clara Mariz, do R7*, com Regiane Moreira, da Record TV Minas
Os R$ 998 mensais que Helder Lopez passou a receber, como forma de indenização da mineradora Vale, após o rompimento da barragem de Brumadinho no início do ano, serviram para que ele pudesse manter em funcionamento um projeto social que ajuda cerca de 300 pessoas e oferece cursos gratuitos, como música e luta.
Por viver a menos de 1 km da calha do rio Paraopeba, na cidade de São Joaquim de Bicas, na Grande BH, Helder entrou na lista da empresa como beneficiário, assim como ocorreu com outras 102 mil pessoas, e passou a investir o dinheiro no instituto Helder Lopez, que fica no município.
O homem conta que o instituto já existia antes de ele começar a receber o pagamento da Vale, mas passava por muitas dificuldades e os cursos eram ministrados em uma quadra de esportes.
— Na quadra nós não tínhamos uma estrutura boa, além de termos que dividir horários com outras pessoas.
Com o dinheiro, o projeto passou a funcionar em uma casa, no centro da cidade. Os alunos ajudaram na reforma do ambiente e os cursos foram ampliados graças à aquisição de novos instrumentos.
Helder ainda tem que receber seis parcelas de um salário mínimo de indenização da Vale. Pelo menos até o fim do ano, o Instituto vai permanecer oferecendo os oito cursos e ele espera que novos apoiadores os ajudem.
— Até o final deste ano nós vamos estamos conseguindo nos manter mas, as portas estão abertas para quem quiser nos ajudar.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Lucas Pavanelli