A rotina do hospital referência em politraumatismo e queimadura de Minas Gerais é agitada. Durante 24 horas, O Hospital João 23, no centro de Belo Horizonte, realiza inúmeros atendimentos a pacientes feridos em acidentes, agredidos e vítimas de queimaduras.
Ao todo, são mais de 80 mil atendimentos por ano. Em 2022, foram mais de 7 mil cirurgias, 10.50 internações, 13.300 mil consultas especializadas e mais de 1,3 milhão de exames realizados.
Cerca de 2.700 mil profissionais trabalham no hospital, divididos em terapia intensiva e enfermarias, em equipes multidisciplinares. Os números fazem do principal pronto socorro da capital mineira, uma referência internacional.
Durante quase 40 anos, o Dr.Domingos Drummond viveu esta realidade intensamente. Ele chegou ao Hospital João 23 ainda residente e se especializou em cirurgia geral.
"O interessante é ver um paciente vítima de traumatismo grave sobreviver. Aqui, isso acontece. Quando as equipes se unem, há um trabalho com um só objetivo: de um bom resultado. Isso a gente vê muito aqui no João 23", disse Domingos Drummond, médico cirurgião geral.
Já a técnica de enfermagem Vandalci Ribeiro trabalha até hoje na unidade de saúde. São 48 anos atuando como técnica de enfermagem no hospital. Até hoje, ela se lembra do primeiro dia em que pisou no pronto socorro. O hospital não tinha nem metade da estrutura atual.
"Quando eu comecei a trabalhar aqui, tinha uma sala que era tipo um CTI, mas pequeno. Depois fizeram a sala para politraumatizados, e aí foi crescendo", contou Valdaci
Ao longo das cinco décadas de existência, o hospital formou muitos profissionais. Atualmente, o João 23 também é referência na formação de residentes.
"Nós somos um centro formador de obra qualificada, nós temos a entrada de, pelo menos, 200 residentes por ano, incluindo médicos e outras categorias profissionais", explicou Victor Ikeda, diretor assistencial do Hospital.
No mês em que completa 50 anos, o Hospital João 23 anuncia que terá mais 10 novos leitos de UTI pediátrica. As unidades de terapia intensiva começam a funcionar já a partir da próxima semana. Os leitos fazem parte do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que também engloba o Hospital Infantil João Paulo II e Maria Amélia Lins. Com os novos equipamentos, será possível atender às crianças com síndromes respiratórias graves durante os períodos de sazonalidade.
"Desde dezembro do ano passado, contratamos médicos pediatras para o pronto-atendimento do João Paulo II e agora teremos esses 10 novos leitos disponíveis", explicou o Secretário de Saúde do Estado de Minas Gerais, Fábio Baccheretti.
Com a ampliação, o hospital chega a 20 leitos de UTI pediátrica, além das 16 no Hospital Infantil João Paulo II. Ao todo, durante o outono, serão 104 leitos de uti no complexo hospitalar de urgência e emergência, sendo 36 pediátricos e 68 adultos. Por ano, o João 23 atende 11 mil crianças de até 11 anos, a maioria por motivos clínicos e ingestão ou aspiração de objetos.