Hospital Júlia Kubitschek passa a ser exclusivo para covid-19 em BH
Segundo a direção da unidade, medida foi adotada após o Hospital Eduardo de Menezes, até então o único dedicado à pandemia, registrar "alta ocupação"
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
A SES (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) informou, nesta segunda-feira (25), que o Hospital Júlia Kubitschek vai passar a ser dedicado exclusivamente ao atendimetno de casos suspeitos de covid-19.
Fábio Baccheretti, presidente da Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), informou que a decisão foi tomada após o Hospital Eduardo de Menezes, até então o único exclusivo para coronavírus, chegar a uma fase de "alta ocupação dos seus leitos".
Baccheretti explica que, com a mudança, o Júlia Kubitschek, que fica no bairro Milionários, na região do Barreiro, não vai mais receber quem chegar ao local em busca de atendimento na emergência.
Os pacientes deverão procurar outras unidades de saúde e, caso seja constatado o sintoma de covid-19, será encaminhado ao hospital. Inicialmente, o posto de atendimento vai receber apenas casos mais leves, que não demandam internação em UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo).
— Vamos criar agora uma fase de recebimento no Hospital Júlia Kubitschek, onde vai ser dado diagnóstico como suspeição ou alta suspeição de coronavírus. Aquele que tiver com alta suspeição vai ser encaminhado para o Eduardo de Menezes. Se não for alta, o paciente vai continuar no Júlia.
Ainda de acordo com o representante da Fhemig, 56% das pessoas com suspeita de coronavírus que foram internadas no Hospital Eduardo de Menezes tiveram diagnóstico positivo para a covid-19.
Leitos
Baccheretti não informou quantos leitos estão ocupados no Eduardo de Menezes atualmente. A reportagem aguarda retorno da Fhemig com o percentual. Segundo o presidente do órgão, o hospital vai receber até a semana que vem mais 12 leitos de UTIs. O número de unidades de atendimento no local pode chegar a 84 com a ampliação. Para o Júlia Kubitschek, há previsão de abertura de mais 40 leitos de terapia intensiva em até 60 dias.
Apesar da decisão da Fhemig de adotar a segunda fase do plano de ação contra o novo vírus, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, destacou que os números ainda estão controlados em Minas Gerais e que não há superlotação do serviço público.
— Reforço aqui que é importante evitar aglomerações e sair de casa sem máscaras. Precisamos sempre manter as mãos limpas e manter o distanciamento adequado para evitar a explosão de casos.