Uma onda de boatos de ameaças de bombas e até de massacre em escolas tirou o sossego da população de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (28). As falsas notícias causaram um verdadeiro alvoroço na pequena. A invenção deixou os pais apavorados e causou problemas para os colégios e a PM (Polícia Militar).
Emerson Rocha Alves, capitão da PM, conta que os primeiros relatos sobre o possível ataque começaram a surgir nesta quarta-feira (28). “Temos trabalho de rede de proteção junto com as escolas, por meio dos grupos de redes sociais. Na data de ontem, no inicio da noite, checamos a primeira denuncia. Fomos até a escola. Fizemos contato com a direção. Verificamos que não havia nada de concreto em relação à denuncia”, conta.
Em poucas horas a informação falsa se espalhou pela cidade. Viaturas da polícia precisaram ser mobilizadas. Assutados, os pais tentavam descobrir se a notícia é verdadeira. “Eu já liguei para a vice-diretora aqui, ela falou que não mandar [o filho à escola] porque, realmente, na porta da escola, acho que está tendo alguma coisa, sim. Não manda não. Parece que teve um boato que ia ter um massacre nas escolas. Então melhor não mandar”, disse uma mãe em uma gravação compartilhada pela internet.
A dona de casa Karen Costa foi pessoalmente ao colégio onde a irmã estuda para checar se estava tudo. “Os meninos da escola estavam comentando sobre os boatos. Muitos disseram que iam falta À aula hoje por medo porque ia ter bomba em três escolas aqui de Ibirité. A supervisora me contou que era boato”, relata.
Algumas escolas suspenderam parte das aulas. Diante os problemas, o capitão Alves chama atenção sobre os riscos de se compartilhar informações falsas. “Faça uma checagem com órgãos oficias antes de divulgar para não gerar o transtorno que gerou hoje. Na dúvida, ligue no 190 para a Polícia Militar checar .
Em nota, a SEE-MG (Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais) informou que concluiu também que as ameaças se tratavam apenas de boatos e a PM foi chamada apenas como medida preventiva. Em nenhum momento houve interrupção das atividades escolares.
A pasta também destacou que, após ser confirmado que não havia risco aos alunos e funcionários, a ocorrência foi encerrada e as aulas seguiram normalmente. Os responsáveis pela criação dos boatos não foram identificados.