Jovem atropelada por médico em Belo Horizonte fica paraplégica
Motocicleta em que a adolescente estava com o namorado foi atingida por um carro importado em alta velocidade na região centro-sul de BH
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com André Rocha, da RecordTV Minas
Uma adolescente de 17 anos atropelada por um médico pediatra com sintomas de embriaguez no bairro Funcionários, na região centro-sul de Belo Horizonte, perdeu os movimentos das pernas após o acidente. Ela está internada no Hospital João 23 desde o dia oito de novembro, quando foi atingida pelo carro em alta velocidade. O suspeito chegou a ser preso, mas foi solto após o pagamento de fiança.
A batida aconteceu no início da madrugada quando Maiara Cristina Gonçalves de Carvalho estava na garupa de uma motocicleta pilotada pelo namorado. Eles estavam parados no sinal quando foram atingidos pelo carro importado. Ao volante estava o médico pediatra F. R. C., de 34 anos.
Com o impacto, a jovem e o companheiro ficaram feridos e foram encaminhados para o hospital. Segundo a polícia, o médico estava com sintomas de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro.
No dia do acidente o advogado dele foi até o Detran (Departamento de Trânsito), mas não quis gravar entrevista. Contudo, o defensor confirmou à polícia que o motorista havia consumido bebida alcoólica antes de dirigir.
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O namorado de Maiara, que teve fraturas na perna e no tornozelo, foi liberado dias depois. Já a adolescente, que tem uma filha de dois anos, deixou o CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e segue internada no João 23, ainda com quadros de febre e dores. De acordo com os médicos, ela está paraplégica.
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O delegado Rodrigo Fagundes, responsável pelo caso, explica que o suspeito foi preso em flagrante, prestou depoimento e foi liberado após pagar fiança, conforme prevê a lei. Agora, a Polícia Civil aguarda Maiara ser liberada do hospital para ouvir a jovem.
— Nós estamos aguardando a melhora das vítimas para que possam prestar os esclarecimentos adequados, bem como o auto de corpo de delito com base nos relatórios médicos para comprovar a materialidade das lesões ocasionadas nas vítimas.
Veja o relato da mãe da vítima: