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Justiça determina afastamento temporário de prefeito, vice e servidor de Riachinho (MG)

Medida foi tomada dentro de ação que denuncia cobrança de propina para manter contrato com prestador de serviços na cidade

Minas Gerais|do R7, com Rosildo Mendes, da Record TV Minas


Prefeito e vice já negaram o crime
Prefeito e vice já negaram o crime

O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) determinou que o prefeito, o vice e um servidor público de Riachinho, 572 km de Belo Horizonte, sejam afastados do cargo por 180 dias.

A decisão, da última terça-feira (09), atende a um pedido do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), que denunciou o chefe do Executivo, Neizon Rezende da Silva (Podemos), o vice Delon Maxixe e o servidor por suposto recebimento de propina.

A reportagem tenta contato com os políticos e com a prefeitura. Até a tarde desta sexta-feira (12) não havia publicação oficial formalizando o afastamento. Na época, os chefes do Executivo negaram os crimes.

Em 2021, a Record TV Minas mostrou que o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) investigava o grupo por cobrar propina de um empresário que fornecia internet à prefeitura. Segundo o órgão, os investigados receberam R$ 2 mil mensais, entre fevereiro e outubro de 2021, em troca da manutenção do contrato. De acordo com o MP, o empresário Wallas Luiz de Oliveira denunciou o esquema após o fim do contrato.

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"Além da cobrança de propina, os denunciados, tentaram interferir na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurava o caso na Câmara Municipal de Riachinho. De acordo com a denúncia, o prefeito ainda ameaçou uma das testemunhas da CPI. A Procuradoria de Justiça também alegou falsificação na assinatura do representante da empresa na renovação do contrato, o que seria uma tentativa dos acusados de alterarem prova do crime", informou o MPMG em comunicado.

"Na denúncia, além do afastamento dos acusados, o MPMG pede a condenação do prefeito, vice-prefeito e servidor pelo crime de concussão, que é exigir, em razão da função que ocupa, vantagem indevida. O Código Penal prevê para o crime pena de reclusão de dois a 12 anos e multa. Um quarto homem foi denunciado por prestar informação falsa na condição de testemunha. Se condenado, poderá pegar de dois a quatro anos de reclusão e pagar multa", concluiu.

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Na época, o prefeito negou as acusações. "Sou o primeiro interessado a provar que isso não é verdade, que estão tentando fazer comigo é um desgaste político", disse Silva.

O vice Delon Maxixe também negou as irregularidades. "Quero dizer para a população de Riachinho que isso é uma calúnia e uma grande difamação", afirmou

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A reportagem procurou a Prefeitura de Riachinho e aguarda retorno. 

*Estagiário sob supervisão de Maria Luiza Reis

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