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Justiça faz audiência sobre caso de blogueira que teria mandado matar ex em Contagem (MG)

Isa Gomes e outros três comparsas responderão por latrocínio, que é roubo seguido de morte, e podem pegar até 30 anos de prisão

Minas Gerais|Shirley Barroso e Bruno Menezes, da Record TV Minas; Maria Fernanda Ramos*, do R7

Blogueira não aceitava o fim do relacionamento
Blogueira não aceitava o fim do relacionamento Blogueira não aceitava o fim do relacionamento

Acontece na tarde desta sexta-feira (24) no fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, a audiência de instrução do caso da blogueira Isabela Gomes Pereira, conhecida como Isa Gomes, acusada de ter mandado matar o ex-namorado, Leandro Rezende Morais, em julho de 2022. Os envolvidos no crime responderão por latrocínio e podem pegar até 30 anos de prisão.

A audiência ocorre na 2ª Vara Criminal. Segundo a Polícia Civil, a blogueira, de 29 anos, não aceitava o fim do relacionamento e teria planejado o crime como forma de vingança. À época, ela teria convencido outros três suspeitos a "dar um susto" no ex-namorado, de 33 anos.

A família dele esteve na porta do fórum, com placas em protesto por justiça. "Só eu sei o que estou passando. Muita saudade do meu filho. Ele era uma pessoa muito boa, trabalhador, e não merecia ir do jeito que foi", desabafou Maria Aparecida, mãe da vítima.

A mãe de Leandro contou que conhecia Isabela, mas que não gostava da ex-namorada do filho e, portanto, elas não tinham muito contato. "Ela chegou a ir na minha casa umas três ou quatro vezes. Eu não gostava dela, não me sentia bem só de olhar pra ela", relatou.

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"Quando ele falou que já não queria mais, a Isabella começou a persegui-lo nos lugares que ele ia. Ela fez muita maldade com ele, arranhou o carro dele, e ele chegou até a fazer denúncias contra ela", afirmou a mãe.

João Gabriel, amigo da vítima, disse que aconselhava Leandro a procurar a polícia. "Eu a conheci, inclusive eu acompanhei a perseguição dela com o Leandro", contou.

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Dinâmica do crime

No dia da ocorrência, a mandante do crime teria pedido ao trio que invadisse a casa de Leandro durante a madrugada e lhe desse "um susto, a ponto de deixá-lo em coma no hospital". Os três homens foram informados, ainda, que na casa da vítima haveria objetos de valor, como ouro e dinheiro em espécie, que poderiam ser divididos entre eles.

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Segundo a Polícia Civil, Henrique Francisco Ramos Flores, Vitor Ferreira Gabriel e Sinval Junio Alves Faria teriam embarcado no carro de Isabela e sido levados por ela até a casa de Leandro.

Segundo a denúncia, um deles saltou o muro e abriu o portão, deixando que os outros acessassem o imóvel. O grupo surpreendeu o comerciante, que estava dormindo, e aplicou nele um golpe conhecido como 'mata-leão'. Depois, a mandante entrou no local e deu chutes na vítima, que já estava no chão.

A investigação relata que os cúmplices de Isabela, então, teriam passado a subtrair diversos objetos de Leandro, como o aparelho celular, um televisor, perfumes, tênis, roupas, uma caixa de som portátil e um veículo avaliado em R$ 97 mil. 

Leandro foi asfixiado com o cabo de um circulador de ar e teve as mãos amarradas com uma extensão elétrica. A causa da morte foi asfixia mecânica por constrição do pescoço e trauma cervical contuso, segundo a PCMG.

Os quatro envolvidos respondem, agora, por latrocínio, que é roubo seguido de morte, e podem pegar até 30 anos de prisão. 

*Estagiária sob supervisão de Pablo Nascimento

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