Justiça impõe prisão domiciliar a policial que atirou contra funcionários de obra em Contagem (MG)
Homem de 37 anos foi preso em flagrante na última sexta-feira (17); ele utilizou um fuzil da PCMG
Minas Gerais|Bruno Menezes, da RECORD MINAS
O policial civil de 37 anos, preso após efetuar disparo de fuzil contra funcionários de uma obra em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, teve a prisão domiciliar decretada pela Justiça neste domingo (19). A decisão é do juiz Marco Paulo Calazans da Vara Plantonista da Comarca de Contagem.
Na decisão, o magistrado argumentou que o suspeito tem bons antecedentes criminais, mas que agiu de forma perigosa utilizando um fuzil da Polícia Civil. “teria utilizado de fuzis da corporação para a
prática dos crimes, o que torna ainda mais reprovável a conduta." Mesmo sendo o autuado primário e com bons antecedentes trata-se de ação de relevante gravidade, pois sendo policial civil, ele teria utilizado de fuzis da corporação para a prática dos crimes, o que torna ainda mais reprovável a conduta", argumenta.
A prisão domiciliar foi um pedido da defesa do policial que alegou que ele tem problemas de saúde e é portador de câncer de medula óssea. O juiz entendeu que por conta da doença, o suspeito não teria apoio médico disponível em caso de alguma emergência. Marco Paulo Calazans, no entanto, negou outro pedido da defesa que solicitava que o processo transcorresse em segredo de Justiça.
“A publicidade dos atos é regra, somente podendo ser restringida quando o acesso irrestrito puder causar escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o que não ocorre no caso em questão”, pontuou o magistrado.
Relembre o caso
O policial civil foi preso em flagrante por tentativa de homicídio, nesta sexta-feira (17), em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, após utilizar fuzil para atirar contra trabalhadores de uma obra. Duas vítimas foram atingidas na perna e socorridas para o Hospital Municipal de Contagem.
De acordo com relatos de testemunhas, o policial chegou gritando para que os trabalhadores se deitassem no chão. Desesperados, eles correram e foram atingidos pelos tiros. O suspeito fugiu em seguida.
Quando os militares chegaram no local, encontraram apenas um cartucho deflagrado. Os trabalhadores informaram que já vinham sendo ameaçados pelo policial, que mora nos fundos da obra.
O agente foi detido pela corregedoria na noite de sexta-feira (17) e encaminhado para a casa de custódia da Polícia Civil. Em nota, a Polícia Civil reafirmou o compromisso com a imparcialidade, Justiça e transparência.
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