
Barra Longa foi soterrada pela lama tóxica de rejeitos
Willian Dias / ALMGA lama da barragem de Fundão, que se rompeu no dia 5 de novembro em Mariana, na região central de Minas Gerais, ainda ameaça o rio do Carmo, na altura do município de Barra Longa, um dos mais atingidos pela tragédia. O curso d'água é um dos afluentes do rio Doce que foi devastado pelos rejeitos de mineração.
Até agora, 20 mil toneladas de lama foram retiradas das ruas da cidade. Só que a Samarco, mineradora responsável pela barragem que se rompeu, tem depositado todo esse material ao lado do rio do Carmo. Com as fortes chuvas registradas nos últimos dias, a lama está aos poucos voltando ao curso d'água.
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Dessa forma, o rio será novamente contaminado de forma lenta e perigosa e, de acordo com o biólogo Ricardo Motta, isso poderá voltar a causar problemas à população que depende do rio do Carmo.
— Há um risco de que a lama depositada muito próxima volte ao rio causando mais problemas. Eu quero crer que o projeto tenha condicionantes que impeçam isso.
Segundo o prefeito de Barra Longa, Fernando Magalhães, a promessa da Samarco é que a montanha de lama seja transferida a outro lugar.
— Já arrumaram um lugar que fica a 1,5 km daqui. Eles alugaram um terreno onde estão fazendo um buraco para colocar e tapar o barro.
Por meio de nota, a Samarco declarou que "o rejeito retirado da área está sendo levado temporariamente para o Parque de Exposições da cidade, em local seguro" e que o material ainda será tratado. A mineradora informou que está "buscando áreas autorizadas para depositar o rejeito restante".