Troca de tiros mata 25 em Varginha
Divulgação/PMO secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, classificou como "legítima defesa" a ação de policiais que terminou com 26 pessoas mortas na zona rural de Varginha no último domingo (31).
A afirmação foi uma resposta oficial a um questionamento do presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais, Robson Sávio Reis Souza, sobre a operação policial em Varginha, a 320 quilômetros de Belo Horizonte.
Na terça-feira (2), o conselho pediu ao governo de Minas Gerais esclarecimentos sobre a ação policial. O documento foi endereçado à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e à Ouvidoria de Polícia.
Explicações
A RecordTV Minas teve acesso ao documento oficial que explica os detalhes da operação. O secretário garante que os suspeitos atiraram primeiro.
“Ao chegarem ao local, os policiais foram imediatamente identificados pelo grupo, que deu início aos disparos com suas armas de fogo, tendo sido repelidos pelas forças de segurança, que agiram nos exatos limites da legítima defesa”, explica Greco no documento.
Em outro trecho, o secretário sugere que os conselheiros participem de uma operação especial para observar que geralmente os criminosos escolhem o confronto armado em vez de se entregar à polícia.
Operação em Varginha
Uma troca de tiros durante operação policial na cidade de Varginha deixou 26 mortos no domingo (31). Todos eram suspeitos de integrar uma quadrilha responsável por mega-assaltos a agências bancárias, crime conhecido como “novo cangaço”.
Os suspeitos foram flagrados em duas chácaras da região. Todos, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), foram socorridos após a troca de tiros, porém nenhum resistiu.
A polícia apreendeu várias armas, como fuzis (entre eles um .50, com capacidade para derrubar helicópteros), explosivos e coletes à prova de balas.
Até a tarde desta quarta-feira (3), haviam sido identificados 22 dos 26 mortos na operação, segundo a Polícia Civil.