Loja de fisiculturista morto em boate é invadida durante velório
Caso aconteceu em Belo Horizonte; polícia ainda investiga causa da morte
Minas Gerais|Do R7 com RecordTV Minas

Foi enterrado em Sete Lagoas, nesse domingo (3), na região central de Minas Gerais, o corpo do fisiculturista, de 25 anos, morto dentro de uma boate em Belo Horizonte, no final de semana. Durante o velório, a loja de suplementos do jovem, que fica em Contagem, na Grande BH, foi invadida. A polícia investiga duas versões para tentar explicar a morte.
A direção da casa noturna diz que o Allan Guimarães Pontelo morreu vítima de overdose. Daniel Phillipe, amigo da vítima, que também estava na boate, afirma que o jovem foi agredido até a morte pelos seguranças. Phillipe relatou que Pontelo foi seguido por seguranças até o banheiro da casa de shows e, em seguida, levado para uma sala da segurança.. O rapaz contou, ainda, que tentou ajudar o amigo, mas foi ameaçado.
—Eu fui tentar ver, mas eles meteram um revólver forte no meu peito e mandaram eu sumir, se não, ia acontecer alguma coisa comigo.
Érico Quaresma, advogado da empresa que presta segurança para a boate, garante que os funcionários não estavam armados e que não houve agressão ao rapaz. Segundo o defensor, os guardas foram averiguar uma denúncia de venda e consumo de drogas no banheiro, onde teriam encontrado Pontelo consumindo entorpecentes.
— Disseram que iam chamar polícia. Ele saiu pulando algumas grades e já caiu no solo passando mal.
A PM (Polícia Militar) confirma que Pontelo tinha vários ferimentos pelo corpo, mas a origem dos machucados serão apontadas no laudo do IML (Instituto Médico Legal), que deve ficar pronto em até 30 dias. A casa de shows fica no bairro Olhos D'Água, na região oeste da capital mineira. No local, foram encontrados 66 comprimidos de ecxtasy, duas porções de cocaína e uma seringa com agulha. Segundo os seguranças, o material estava com o fisiculturista. O pai do rapaz contesta a versão.
Histórico de Agressões
Em julho deste ano, a casa de shows onde Pontelo morreu completou um ano. Pelo menos outros dois casos de agressões já foram registrados no local. Em setembro do ano passado, o estudante de medicina Henrique Papini, de 22 anos, foi brutalmente espancado por quatro jovens na saída da boate. Câmeras de segurança flagraram o momento das agressões. Foram vários chutes e pontapés.
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Em novembro, outro caso de agressão foi registrado na mesma boate. Dessa vez, a vítima é um estudante de direito, de 22 anos. Ele teve os dentes e o nariz quebrados após ser atingido no rosto por um objeto semelhante a uma barra de ferro. O universitário teria discutido com um grupo de jovens que tentou impedir que ele passasse em uma área próxima ao banheiro da boate.
