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Marília Mendonça: um ano depois, polícia aguarda análise de motor para concluir investigações

Segundo o delegado, caso sejam descartados problemas técnicos no avião, inquérito se encaminhará para uma falha humana

Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7, com Prisicilla De Paula, Da Record TV Minas

Cantora morreu ao 26 anos em acidente aéreo em Minas Gerais
Cantora morreu ao 26 anos em acidente aéreo em Minas Gerais

A um dia de completar um ano do acidente aéreo que vitimou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, a Polícia Civil de Minas Gerais deu detalhes sobre o andamento das investigações. Segundo o delegado que está à frente da apuração, Ivan Lopes Sales, o órgão aguarda a análise no motor do avião para determinar se houve falha humana.

“Aguardamos os laudos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) para ver se, por algum motivo, o motor apresentou algum problema que fizesse com que o piloto voasse tão alto. Se descartarmos falha nos motores, a gente consegue caminhar para a conclusão de uma falha humana. Só reitero que se trata de um acidente”, afirmou durante coletiva.

Por meio de nota, o Cenipa informou que a “investigação está em fase final e terá o menor prazo possível para a conclusão”. De acordo com o comunicado, agora, os técnicos do órgão analisam elementos referentes ao trajeto da aeronave, ao sítio aeroportuário, ao operador, às informações aeronáuticas e à regulamentação associada às operações de táxi-aéreo.

Ainda segundo o delegado, as investigações constataram que as condições meteorológicas eram favoráveis para voo visual no dia do acidente e que já foi descartado qualquer problema que tenha obstruído a visão do piloto. Sobre a sinalização do para-raios da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) atingido pelo avião antes da queda, Sales voltou a dizer que o alerta não é obrigatório no local, pois ele estava fora da zona de proteção do aeroporto e era baixo.


Em relação a uma possível falha da condução da aeronave, o delegado afirmou que dois depoimentos fizeram a polícia constatar que o piloto estava a cerca de um minuto para pousar e que estava abaixo da altura-padrão do terminal.

“Nós já sabemos que o piloto fez uma aproximação fora do padrão, e o documento que lista qualquer obstáculo não a contempla. Descartando qualquer problema na aeronave, a gente caminha para uma falha humana, que criminalmente não terá punição em decorrência da morte”, disse.


Ainda segundo a Polícia Civil, já foi descartado que o piloto tenha sofrido mal súbito ou estivesse sob efeito de drogas no dia da queda. O delegado disse que, até os resultados do laudo do Cenipa, não há prazo para a finalização do inquérito.

Além de Marília, morreram quatro pessoas: o produtor Henrique Ribeiro, o assessor e tio da artista, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana. O acidente aconteceu no dia 5 de novembro do ano passado, na serra de Caratinga, a 295 km de Belo Horizonte. 

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