Menina acorda com briga dos pais e salva mãe de "roleta russa" em BH
Marido teria feito uso de drogas e ameaçava a mulher de morte com um revólver
Minas Gerais|Do R7
Uma mulher ameaçada de morte pelo marido foi salva pela filha de 12 anos na madrugada desta terça-feira (30) no bairro Cinquentenário, região oeste de Belo Horizonte. A menina teria acordado durante a madrugada com a briga do casal, pulou a janela e acionou a PM (Polícia Militar).
Após a denúncia, os militares se dirigiram até a residência e entraram no imóvel, conseguindo evitar uma tragédia. Cândido de Moura Vasconcelos, de 53 anos, estaria armado e fazia o jogo da "roleta russa" com a mulher, quando uma única bala é colocada no tambor de um revólver que é girado, de forma que a localização do projétil é desconhecida. Em seguida, o autor dispara na cabeça da vítima e, caso a bala esteja engatilhada, há risco de morte.
Ainda conforme a PM, a mulher relatou que saiu de casa na segunda-feira (29) para procurar um barracão para alugar, já que queria sair da casa do companheiro, e teria retornado por volta de 21h. Ao chegar, o marido teria perguntado por onde ela esteve, mas não teria acreditado nas resposta dada pela mulher e passou a ameaçá-la verbalmente e com gestos. Ela teria ignorado as ameaças e se deitou para dormir.
Já por volta de 2h, ela acordou com o marido chegando em casa e viu que ele fazia uso de crack, mas permaneceu deitada. No entanto, o homem entrou no quarto com uma arma nas mãos e teria começado a ameaçar e brigar com a mulher.
A confusão e os gritos da mãe teriam acordado a menina de 12 anos, que acionou a polícia. A arma e uma faca usada por Vasconcelos durante as ameaças foram encontradas na cama, embaixo de um travesseiro. Ele se defendeu das acusações.
— Eu durmo com a arma porque eu trabalho de vigia.
O casal foi encaminhado à Delegacia de Plantão de Atendimento à Mulher para prestar esclarecimento. Ele deve permanecer detido. O casal estava junto há 16 anos, sendo que em durante 12 o homem esteve preso. Para Vasconcelos, a mulher virá procurá-lo novamente.
— Eu garanto que ela vai na cadeia me visitar, ou onde quer que eu esteja.
A mulher, que não quis se identificar, diz que não voltará a ter contato com o ex-companheiro.
— Vou para outro bairro. Agora acho que acabou o sofrimento.