MG é responsável por quase oito em cada dez casos de chikungunya do Brasil
Líder no ranking da doença, estado tem 147,4 casos notificações a cada 100 mil habitantes; segundo lugar tem média 39,3
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
Até esta sexta-feira, o Brasil tinha 42.039 casos prováveis de chikungunya. Destes, 30.272 estão no território mineiro.
O dado coloca o estado uma incidência de 147,4 registros a cada 100 mil habitantes. O segundo lugar no ranking está com o Mato Grosso, que tem população 5,6 vezes menor que a de Minas Gerais.
A diferença no número de possíveis infectados também é grande. Por lá, são 1.437 registros, ou seja, uma média de 39,3 ocorrências a cada 100 mil habitantes.
Das nove mortes já confirmadas em todo Brasil que foram causadas pela doença, seis estão em Minas Gerais.
Eduardo Prosdocimi, diretor de Vigilância em Saúde da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), chama atenção que a região do Vale do Aço é a mais afetada pela doença no estado, enquanto a dengue predomina na área central.
"Em 2023 tivemos o primeiro ano com a chikungunya predominando em Minas Gerais. O vírus entrou, claramente, pela região nordeste e caminhou para o norte. Como a população de lá já teve contato com o vírus, o número de casos tende a reduzir enquanto o vírus caminha em direção ao Vale do Aço, que está muito próximo destas áreas", detalhou sobre o comportamento da doença.
Neste sábado (24), o estado promove uma campanha de combate ao Aedes aegypti. Mais da metade das cidades vai aderir ao movimento, que terá ações de conscientização e fiscalização de focos do mosquito.
Dengue
O Brasil tem 762.542 casos prováveis de dengue. Do total, 355.603 (46,63%) estão confirmados.
O Distrito Federal lidera a incidência, com 2.983,7 notificações a cada 100 mil habitantes. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com 1.309,6 ocorrências a cada 100 mil habitantes.
Cento e cinquenta pessoas morreram com a doença no país em 2024, até o momento.
Zika
O país tem 867 casos prováveis de zika. A maior incidência está no Espírito Santo, com 9,7 notificações a cada 100 mil habitantes. O Tocantins aparece em segundo lugar, com 5,4 notificações a cada 100 notificações. Não há mortes investigadas em 2024.