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MG: Mãe e outras cinco pessoas são denunciadas por morte de menina queimada em ritual

Segundo a investigação, mulher solicitou a prática para não perder o marido; tia e avós da vítima também participaram do crime

Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7

Maria Fernanda, de 5 anos, não resistiu às queimaduras pelo corpo e nas vias aéreas
Maria Fernanda, de 5 anos, não resistiu às queimaduras pelo corpo e nas vias aéreas Maria Fernanda, de 5 anos, não resistiu às queimaduras pelo corpo e nas vias aéreas

A mãe, a tia, os avós e outras duas pessoas foram denunciadas pela morte da menina de 5 anos, durante um ritual espiritual na cidade de Frutal, a 628 km de Belo Horizonte, no dia 23 de março. 

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, Maria Fernanda Camargo não resistiu após sofrer queimaduras por todo o corpo durante a prática realizada por sua família, um líder religioso e um assistente.

No documento enviado à Justiça no dia 6 deste mês, o órgão denuncia o líder e o assistente por homicídio triplamente qualificado. Já os parentes da menina podem responder, além de por homicídio triplamente qualificado, por omissão penalmente relevante, por terem responsabilidade legal sobre a vítima.

A mãe, a tia e a avó, além do líder religioso, estão presos nas cidades de Frutal e Uberaba. Já o avô recebeu o direito de liberdade provisória por causa da idade. O MP também solicitou a prisão preventiva do assistente, mas o pedido ainda não foi analisado. A reportagem tenta contato com a defesa dos envolvidos.

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Relembre o caso

Durante o ritual religioso, no dia 23 de março deste ano, os seis envolvidos passaram álcool no corpo de Maria Fernanda e puseram fogo nela usando uma vela. As chamas causaram queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus pelo corpo e nas vias aéreas. A menina não resistiu aos ferimentos.

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Na época, o caso chegou à Polícia Civil como um acidente. A família contou que a criança tinha se queimado durante um churrasco. As investigações revelaram ainda que, após o crime, eles se reuniram e ocultaram os instrumentos utilizados.

“Ainda conforme apurado, após o ritual, os denunciados fizeram diversas modificações na cena do crime com o objetivo de induzir a erro o juiz ou o perito”, escreveu o MP.

Ainda de acordo com o Ministério Público, a prática religiosa foi solicitada pela mãe da criança com o objetivo de reverter sua separação recente do marido.

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