Motorista de carreta envolvida em acidente com 41 mortes em MG continua foragido
Segundo a Polícia Civil, o homem está com a CNH suspensa desde 2022 após o documento ser apreendido em uma blitz da Lei Seca
Minas Gerais|Lucas Eugênio, da RECORD MINAS
O motorista da carreta, envolvida no acidente que matou 41 pessoas, continua foragido da polícia. A batida entre o veículo, um ônibus e um carro aconteceu na madrugada de sábado (21), na BR-116, em Teófilo Otoni, a 450 km de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, o homem está com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa desde 2022.
O condutor teve o documento apreendido em uma blitz da Lei Seca, realizada pela Polícia Militar em Mantena, cidade a 460 km da capital mineira, depois que ele se recusou a fazer o teste do bafômetro.
O acidente foi o maior em rodovias federais desde 2008. De acordo com o Governo de Minas, a principal linha de investigação seguida pela polícia é a de que o bloco de granito transportado pelo caminhão tenha se desprendido da carroceria e atingido o ônibus, causando o incêndio.
No entanto, há uma outra possível versão da dinâmica do acidente. Segundo testemunhas, o pneu do ônibus teria estourado, o veículo atingido a carreta e incendiado.
Segundo o porta-voz da Polícia Civil, delegado Saulo Castro, “a partir do levantamento das notas fiscais, foi possível verificar, de uma maneira preliminar, que houve um excesso de peso no transporte. Ou seja, já haveria um indicativo de responsabilidade por parte do condutor”.
O caso ainda é investigado e a Polícia Militar trabalha para localizar o homem, com o apoio de outras forças de segurança nas divisas com outros estados.
Até o momento, 11 corpos foram identificados e dois estão em processo de liberação para as famílias, segundo a atualização mais recente do Governo de Minas. Uma estrutura foi montada na Acadepol (Academia de Polícia Civil de Minas Gerais) para receber as famílias, para a entrega da documentação e coleta do material que será utilizado na identificação.
O ônibus seguia de São Paulo para a Bahia, enquanto o veículo de carga ia do Ceará para o Espírito Santo, no sentido oposto.