MP pede retirada de animais do Mercado Central de BH por risco de gripe aviária
Promotoras destacam "intensa aglomeração de aves" no local e alegam que temor vem de identificação de caso no Espírito Santo
Minas Gerais|Do R7
O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) acionou a Justiça pedindo que todos os animais abrigados no Mercado Central sejam retirados do ponto turístico de Belo Horizonte. A ação, segundo o órgão, foi motivada por um risco de gripe aviária no local.
O pedido leva em consideração os primeiros casos da doença que foram detectados em 15 de maio deste ano, no Estado do Espírito Santo. Outro ponto considerado foi a decisão do (Mapa Ministério da Agricultura e Pecuária) de declarar estado de emergência zoo-sanitária em todo o território nacional por 180 dias em função do caso.
"Não há dúvida sobre a intensa aglomeração de aves” no local, destaca a ação assinada pelas promotoras Fernanda Hönigmann e Luciana Imaculada de Paula.
As representantes do MPMG também avaliam que o pedido é valido “considerando a gravidade da manutenção de animais e alimentos no mesmo ambiente, haja vista a possível propagação de zoonoses e doenças, especialmente a Influenza Aviária, tendo em vista o atual surto mundial, é imprescindível que a situação dos animais abrigados no Mercado Central seja revista, não somente pelo bem-estar deles, mas também como medida de saúde pública".
Por nota, o Mercado Central informou que "até o momento, não foi intimado oficialmente de qualquer pedido feito pelo Ministério Público, muito menos de qualquer decisão judicial que tenha determinado a retirada de animais do interior do Mercado em razão da possibilidade de criação de foco da gripe aviária.". O estabelecimento ainda reforçou que "não houve nenhum caso de gripe aviária reportado no estado de Minas Gerais e que o Ministério Público se utiliza de um laudo produzido unilateralmente em 2015 para embasar seu pedido."
Caso haja decisão judicial que determine a retirada dos animais, o Mercado disse que "irá adotar todas as medidas cabíveis para assegurar aos clientes e lojistas a tranquilidade de visitar, trabalhar e circular pelo Mercado."