MP quer que Samarco pague "salário" para famílias atingidas
Mineradora tem cinco dias para apresentar plano de remuneração e moradia para as vítimas
Minas Gerais|Felipe Rezende, do R7, em Belo Horizonte

O Ministério Público de Minas Gerais quer que a Samarco, mineradora responsável pelas duas barragens que cederam em Mariana e causaram o maior dano ambiental da história do Estado, indenize e ofereça moradia permanente para as famílias afetadas pela tragédia. Pelo menos 600 pessoas estão desabrigadas.
O promotor Guilherme de Sá Meneghin entregou nesta segunda-feira (9) um documento cobrando "providências imediatas" da mineradora, que tem prazo de cinco dias para responder.
— Um dos pontos é tentar fazer um cronograma para tirar essas pessoas dos hotéis e já estabelecer uma remuneração básica mensal para cada grupo familiar. A gente não quer que as pessoas vivam de assistencialismo externo. Elas perderam tudo, não têm patrimônio.
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O valor da remuneração seria de pelo menos um salário mínimo, dependendo do tamanho da família, e não faz parte da indenização que a empresa deve pagar pelo rompimento das represas.
— Também deve estabelecer um plano de reparação integral das vítimas, esse sim é indenização.
Caso a Samarco não se manifeste no prazo de cinco dias, o MP vai acionar a Justiça. A Samarco ainda não explicou como será o plano de atendimento às famílias. Em comunicado oficial, apontou que está empenhada "na assistência às pessoas impactadas pelo acidente das barragens. No total são 612 pessoas - representando 162 famílias - alojadas pela empresa em hotéis e pousadas da região de Mariana". A mineradora também informou que vai conceder licença remunerada para 85% dos funcionários das plantas de Germano (Mariana) e Ubu (ES) a partir de terça-feira (10). Somente os que trabalham no plano de emergência manterão as atividades.
Até o momento, o Corpo de Bombeiros confirma três mortes em decorrência da queda das barragens.















