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Mulher que perdeu a memória em 1994 sofre para tirar documentos

Maria de Lourdes sofreu um grave acidente na Bahia e, desde então, perdeu a memória; falta de documentos impede que ela tenha atendimento médico

Minas Gerais|Regiane Moreira, da Record TV Minas

Uma mulher que perdeu a memória após sofrer um acidente grave há 26 anos afirma que está tendo problemas para tirar seus documentos. Por conta disso, ela não consegue acessar serviços públicos nem conseguir atendimento médico na rede pública.

Maria de Lourdes Valeriano da Silva sabe muito pouco sobre si mesma além do próprio nome. As únicas informações que ela tem, como o local de nascimento e o nome dos pais, estão na certidão de nascimento e no histórico escolar de uma das três filhas, que mora junto com a mãe em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em 1994, Maria trabalhava em um canavial na cidade de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, na Bahia. Após um dia de trabalho, o caminhão que levava os funcionários para a roça caiu em uma ribanceira. Apesar das poucas lembranças, Maria conta detalhes do grave acidente.

— Eu sei que estava chovendo. Morreram muitas pessoas. Dizem que minha cabeça foi prensada entre pedaços de madeira

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Maria de Lourdes se emociona ao falar das filhas
Maria de Lourdes se emociona ao falar das filhas Maria de Lourdes se emociona ao falar das filhas

Desde então, Maria de Lourdes não consegue se lembrar claramente do passado, tendo apenas alguns lapsos de momentos isolados. Maria conta que sente muitas saudades de suas outras duas filhas, que foram levadas pelo marido logo após o acidente.

— Eu já não vejo elas há mais de 30 anos. Meu maior desejo é reencontrá-las.

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A filha que vive com ela, Gislene Dulce Pereira, nasceu em Poços de Caldas, a 460 km de Belo Horizonte. Na época em que o pai foi embora com as irmãs, ela era muito nova, e, por isso, não se lembra de muita coisa. Ela afirma que tentou procurar os familiares em redes sociais, mas não obteve sucesso.

A falta de documentos pessoais como CPF e identidade impedem que Maria de Lourdes consiga atendimento médico ou mesmo vacinação em um posto de saúde. Com isso, ela não consegue dar continuidade no tratamento contra as sequelas deixadas pelo acidente. Os novos documentos também podem significar uma nova chance de reencontrar suas duas filhas.

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Outro lado

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que Maria de Lourdes deve procurar a instituição para que sejam coletadas as impressões digitais e para que seja feita a verificação nos registros do estado.

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