Mulher estava foragida desde o ano passado
Divulgação/Polícia Civil GoiásA Polícia Militar prendeu, na noite desta terça-feira (16), Brena Cristina Vidal Marinho, de 28 anos, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela foi indiciada como suspeita de ter matado o próprio filho em Goiás há um ano atrás.
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A mulher foi presa em sua própria casa na Grande BH. O filho dela, Henry Gabriel Marinho Vidal, de apenas um ano, morreu em fevereiro do ano passado, em Goiaba de Jataí, em Goiás. A mulher tinha um mandado de prisão em aberto e foi encontrada pela Polícia Militar após receberem denúncia anônima.
Para o delegado Marlon Souza Luz, responsável pelo caso, a mãe da criança demonstrou, desde o início, “total desumanidade e indiferença ao sofrimento da criança, vítima de uma “crueldade incompatível”, sendo não só coautora dos maus-tratos, como também omissa no dever de proteção e cuidado para com o indefeso filho de apenas um ano de idade, exposto e vulnerável a posterior ação letal do padrasto.”
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A suspeita deve ser encaminhada ainda nesta manhã para a penitenciária feminina de Vespasiano, na região metropolitana de BH. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça de Goiás, estado onde aconteceu o crime. O padrasto da criança continua foragido.
Entenda o caso
A criança, então com apenas um ano de idade, morreu no dia 8 de fevereiro, 3 dias após dar entrada ao hospital. A mãe e o padrasto da criança contaram que a criança teria caído de uma cama na residência do casal. Versão descartada pela polícia.
Em maio deste ano, a Polícia Civil de Goiás apresentou o resultado das investigações que apontaram que a quantidade e a natureza das lesões presentes no corpo da vítima indicaram que a criança vinha sendo maltratada por vários dias (lesões e fraturas nas pernas, mandíbula, boca, tórax, braços e cabeça).
A causa da morte de Henry Vidal foi traumatismo craniano causado por algum instrumento contundente, como pedaço de madeira, martelo, ou até mesmo por meio de socos. A Polícia acredita que os possíveis socos tenham sido dados pelo padrasto da criança Jaredy Wanderley da Silva, de 26 anos.
A mãe e o padrasto foram indiciados pelos crimes de maus-tratos com resultado morte, com pena de até 12 anos de reclusão. A casa onde eles moravam, local dos maus-tratos, foi abandonada após a morte da criança, ainda com mobiliário, roupas e diversos pertences pessoais.
*Estagiário sob supervisão de Núbia Roberto