Novo pico da covid em MG deve demandar 1.500 leitos de UTI
Secretário de Estado de Saúde afirma que, para garantir atendimento a toda população, moradores não podem relaxar com o distanciamento social
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou, nesta quarta-feira (6), que caso aconteça um relaxamento da população em relação ao isolamento social, Minas Gerais pode não dar conta de atender todas pessoas que vão precisar de atendimento médico no novo pico da covid-19, previsto para acontecer em 6 de junho.
Os cálculos mais recentes da pasta indicam que 1.500 pessoas devem precisar de internações em UTIs (unidades de tratamento intensivo) na data, quando o número de contaminados deve chegar a 3.000 e o de mortos, a 220.
O Governo de Minas não divulga, como em outros Estados, o percentual de adesão à quarentena. Durante coletiva nesta tarde, no entanto, Amaral destacou que as pesquisas indicam que os moradores precisam, pelo menos, manter o distanciamento atual para que o número de casos não provoque um colapso no sistema de saúde em junho.
— Se isso acontecer, poderíamos, sim, falar que teríamos capacidade de atender todo mundo. Mas, de qualquer forma, eu entendo que isso não pode ser levado como estando tranquilo ou fora de risco. A coisa é dinâmica. Qualquer mudança significativa no comportamento da sociedade, se essa mudança for importante, nós também teremos mudanças imediatamente nas curvas de incidência da doença e nas projeções.
Ocupação dos leitos
Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), Minas tinha, até esta terça-feira (5), 64% das UTIs ocupadas. O número leve em consideração apenas os hospitais públicos, que contam com 2.331 centros de tratamento intensivo no Estado. Segundo o Ministério da Saúde, a rede particular conta com 1.083 unidades.
Além disso, o Estado montou um hospital de campanha em um centro de convenções em Belo Horizonte, que vai ter capacidade de atender até 100 pacientes em UTIs. Do total, 28 já estão disponíveis, mas não estão sendo usadas por falta de demanda.