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Número 2 da Saúde de MG está entre os 806 servidores vacinados

Secretário adjunto Marcelo Cabral está na lista de imunizados investigada por suposto 'fura-fila'; Governo nega irregularidades

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Cabral faz parte da equipe de enfrentamento à covid
Cabral faz parte da equipe de enfrentamento à covid Divulgação / Pedro Gontijo / Agência Minas

Marcelo Cabral, secretário adjunto de Saúde de Minas Gerais, está entre os 806 funcionários da pasta vacinados contra a covid-19.

O Ministério Público Estadual investiga se houve irregularidades na imunização dos servidores, com a suposta aplicação de doses em trabalhadores que não são dos grupos prioritários.

A vacinação de Cabral foi confirmada, nesta quinta-feira (11), pelo secretário Carlos Eduardo Amaral, também imunizado. Segundo o chefe da pasta, os vacinados seriam pessoas ligadas diretamente às ações de combate à pandemia. Apenas no gabinete do secretário foram 27 servidores.

— Marcelo Cabral foi vacinado assim como todos os subsecretários porque, na verdade, somos coordenadores de toda equipe. Temos 100% de trabalho presencial e fazemos visitas a campo.


Cabral seria um dos sucessores naturais de Amaral na pasta, caso o atual secretário deixasse o cargo. No entanto, durante a tarde, o chefe da secretaria afirmou que sua saída "não foi cogitada".

Lista


O Ministério Público Estadual deu até o dia 15 de março para a Secretaria de Saúde informar o nome de todos os imunizados dentro da pasta e a justificativa de terem recebido o medicamento.

O secretário Carlos Eduardo Amaral informou que vai prestar as informações solicitadas. À imprensa ele não confirmou os outros nomes, alegando "lei de proteção de dados", mas detalhou a área de atuação dos servidores.


A lista inclui trabalhadores do almoxarifado, do setor que controla a distribuição de leitos de internação, da farmácia popular, assessores, equipe de comunicação e cerimonial.

Veja a quantidade de trabalhadores vacinados em cada área da SES:

Reprodução / Redes sociais

Legalidade

Desde que o caso foi relevado pelo R7, o secretário tem defendido que não há irregularidades. Nesta tarde, ele voltou a afirmar que os funcionáriossão servidores da Saúde e que as ações de combate à pandemia dependem deles.

Amaral disse, ainda, que o PNI (Plano Nacional de Imunização) dá abertura para que Estados e municípios imunizem os trabalhadores ligados à área, "de acordo com a realidade local".

— Foi tudo dentro da legalidade estrita. Fizemos deliberações ligadas ao PNI e houve uma consulta prévia aos órgãos de controle.

Além do MP, a ALMG (Assebleia Legislativa de Minas Gerais) instarou uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o caso. A CGE (Controladoria-Geral do Estado) também acompanha as denúncias.

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