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Número de casos de dengue em BH varia até 300% entre regiões

Veja quais áreas da capital mineira têm mais e menos pacientes infectados com a doença e entenda a causa da variação

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Prefeitura usa até drone para monitorar focos de mosquito
Prefeitura usa até drone para monitorar focos de mosquito Divulgação / Agência Minas

Com epidemia de dengue declarada, Belo Horizonte vê o número de casos da doença variar até 300% entre as regiões. Os bairros da Pampulha têm o menor número de ocorrências, sendo 534 entre confirmadas e investigadas. Já a regional Barreiro lidera a lista, com 2.144 casos confirmados e suspeitos. (Veja o ranking completo baixo)

O último levantamento da prefeitura da capital mineira é desta terça-feira (6). Até a data, três mortes ocorridas na capital mineira tiveram causa confirmada para a doença.

Veja o número de casos de dengue em BH por regional:

Barreiro: 2.144 (405 confirmados + 1.739 suspeitos)


Nordeste: 1.725 (242 confirmados + 1.483 suspeitos)

Norte: 1.448 (145 confirmados + 1.303 suspeitos)


Venda Nova: 1.399 (220 confirmados + 1.117 suspeitos)

Oeste: 1.084 (161 confirmados + 923 suspeitos)


Leste: 913 (154 confirmados + 759 suspeitos)

Noroeste: 810 (226 confirmados + 584 suspeitos)

Centro-sul: 709 (204 confirmados + 505 suspeitos)

Pampulha: 534 (92 confirmados + 442 suspeitos)

Regional em investigação: 744 (103 confirmados + 641 suspeitos)

Explicação

Eduardo Viana Vieira Gusmão, diretor de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, explica que não é possível definir uma única explicação para a diferença nos dados. O especialista detalha que a justificativa está relacionada à junção de vários fatores. Dentre eles: a presença do vetor, o clima favorável e a suscetibilidade do paciente.

O último tópico, segundo Gusmão, é um ponto que tem chamado atenção da Prefeitura de Belo Horizonte. "Na Dengue, temos proteção específica e menos específica para diferentes sorotipos. Nos últimos anos, BH teve uma maior circulação do sorotipo 1. Neste ano, temos, mesmo que em menor escala, a presença do tipo 2 e agora foi confirmado na Grande BH a ocorrência do tipo 3", detalha sobre o cenário da população que não teve contato com determinada variante do vírus.

O diretor de Zoonoses ainda chama atenção para a chance de parte dos pacientes ter se infectado em bairros diferentes dos que moram. "Imagine uma criança que nunca teve contato com o vírus. Ela está mais suscetível. Se o pai dela foi infectado em outra regional durante o trabalho, ele volta para casa e há chances de o mosquito ingerir as partículas virais e fazer a replicação viral no local. Assim, o transmissor pode repassar o vírus para o filho", exemplifica.

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A Prefeitura de Belo Horizonte desenvolve ações específicas para combater a doença nas áreas com maior registro de casos. De acordo com Gusmão, as equipes de saúde usam drones para identificar os imóveis com o maior foco do mosquito Aedes aegypti. Membros da Defesa Civil ajudam a fazer contato com os moradores que não são localizados pela Zoonoses. Outra estratégia é a sensibilização das crianças para o tema nas escolas.

O município decretou situação de epidemia de dengue nesta quarta-feira (7). A medida foi anunciada quando a cidade registrou a incidência de 484,6 casos a cada 100 mil habitantes. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é considerado cenário de epidemia quando a taxa fica acima de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

Prefeitura declara epidemia de dengue em Belo Horizonte:

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