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Parede de mina em Barão de Cocais já se deslocou 2 metros desde 2018

Segundo Agência Nacional de Mineração, nesta quinta-feira (30) foi registrado movimentação de 29 centímetros no talude norte da Mina Gongo Soco

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

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Talude norte da Mina Gongo Soco corre risco de desabar
Talude norte da Mina Gongo Soco corre risco de desabar

A ANM (Agência Nacional de Mineração) confirmou que, desde o fim do ano passado, o deslocamento do talude norte da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, já chega a 2 metros. Nesta quinta-feira (30), a movimentação da parede da mina chegou ao máximo já registrado: 29 centímetros. 

A agência foi acionada em 29 de abril pela Vale, que detectou uma movimentação da estrutura superior ao que vinha sendo registrado. Para se ter uma ideia, em 2012, o talude se deslocava cerca de 10 centímetros ao ano. No entanto, em abril deste ano, a movimentação detectada pelos técnicos da mineradora chegou era de 3 a 4 centímetros por dia


Desde então, algumas medidas foram tomadas para minimizar o impacto causado pelo eventual deslizamento do talude da mina. Dentre eles, a interrupção do transporte de cargas e passageiros pela Estrada de Ferro Vitória-Minas, da Vale, e um simulado de emergência em caso de rompimento da barragem Sul Superior. 

O principal temor é se o deslizamento da parede da mina pode causar uma vibração suficiente para desencadear o colapso da barragem de rejeitos de minério, que poderia atingir a cidade de Barão de Cocais. Segundo a ANM, não é possível prever os efeitos do rompimento do talude. 


Leia mais: ANM: Barragem em Barão de Cocais não é monitorada adequadamente

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Prontidão


Uma equipe com 24 bombeiros militares e oito carros está de prontidão na cidade de Barão de Cocais, caso haja algum rompimento na estrutura. De acordo com a corporação, nesta quinta-feira, os bombeiros foram às casas de nove pessoas com dificuldade de locomação e que seriam afetados em uma situação de rompimento. 

Os miltiares também participam de atividades de orientação em escolas da cidade e acompanham as obras de contingenciamento ao longo do curso dos rejeitos, para redução do impacto sobre a cidade.

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