PF prende 15 envolvidos em esquema de mineração ilegal que lucrou R$ 1,5 bilhão
Agentes cumprem mandado de prisão contra diretor da Agência Nacional de Mineração, supostamente também ligado ao crime
Minas Gerais|Maria Luiza, do R7 e Natália Martins, da Record
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A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com apoio do Ministério Público Federal e da Receita Federal, cumpre 22 ordens de prisão e 79 mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (17), em Belo Horizonte e outras cidades de Minas Gerais. A operação mira uma organização criminosa acusada de corrupção, crimes ambientais e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação, o grupo movimentou ganhos ilícitos, obtidos a partir da exploração irregular de minério de ferro em áreas de preservação e até em locais tombados, com graves consequências ambientais e sociais. Ainda segundo a PF, projetos vinculados à organização tinham potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.
A ação cumpre 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva, além do afastamento de servidores públicos, bloqueio e sequestro de bens no valor de R$ 1,5 bilhão e suspensão das atividades de empresas investigadas. Dos 22 mandados de prisão, 20 já foram cumpridos, resultando em 15 presos; dois envolvidos permanecem foragidos. O diretor da Agência Nacional de Mineração está entre os presos.
As medidas foram determinadas por um colegiado de magistrados da Justiça Federal em Minas Gerais, criado para julgar os casos.
A Agência Nacional de Mineração informou ter tomado conhecimento da operação pela imprensa, mas que não houve comunicação oficial ao órgão sobre eventuais medidas envolvendo servidores ou dirigentes. “A ANM reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e a colaboração com as autoridades, sempre que formalmente demandada, observando o devido processo legal e a continuidade dos serviços regulatórios”.
Esquema criminoso
Segundo a PF, a quadrilha corrompia servidores públicos em órgãos de fiscalização ambiental e de mineração para obter licenças fraudulentas. Essas autorizações ilegais permitiam a exploração de minério de ferro em larga escala.
O grupo também atuava para dificultar investigações e monitorar autoridades, além de usar sofisticados mecanismos de lavagem de dinheiro para disfarçar a origem ilícita dos recursos.
Os investigados poderão responder por crimes ambientais; usurpação de bens da União; corrupção ativa e passiva; organização criminosa; lavagem de dinheiro e embaraço às investigações.
A Polícia Federal afirma que a operação busca não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também interromper atividades que colocavam em risco o meio ambiente e a segurança da população em áreas afetadas pela exploração irregular.
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