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Pilha de rejeitos que caiu em Nova Lima (MG) foi ampliada há um ano

Procedimento autorizado em reunião extraordinária do Conselho de Política Ambiental foi criticado por ambientalistas

Minas Gerais|Akemi Duarte, da Record TV Minas

Um parecer da Semad (Superintendência de Meio Ambiente do Governo de Minas) confirma que a pilha de rejeitos sólidos Cachoeirinha, que caiu no dique Lisa, da Vallourec, em Nova Lima, na Grande BH, e causou o transbordamento da estrutura, foi ampliada há menos de um ano.

Estrutura transbordou em Nova Lima
Estrutura transbordou em Nova Lima Estrutura transbordou em Nova Lima

Conforme documento obtido pelo jornalismo da Record TV Minas, a ampliação foi autorizada durante reunião extraordinária do Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental), em janeiro de 2021.

A ambientalista Maria Teresa Corujo, membro do conselho, conta que soube durante a reunião sobre o pedido da mineradora para a avaliação extraordinária. “Ela disse que pediu ao governo porque precisava da liberação até aquela data, pois não teria onde colocar os rejeitos.”

A estrutura é usada para o empilhamento de material a seco da companhia na mina Pau Branco. Júlio Grillo, membro do conselho que votou contrariamente à ampliação, alertou sobre riscos do trabalho. “Eu falo há muito tempo que, se [o empilhamento] não estiver apoioado em um terreno homogêneo, pode sofrer recalque diferencial e um escorrimento. Aparentemente é o que aconteceu ali."

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No documento, que visava subsidiar a decisão do Copam quanto à concessão da licença, a equipe da Semad destacou que não foram objeto da avaliação do parecer questões associadas à estabilidade das estruturas minerárias, sendo a garantia de segurança das estruturas e as informações prestadas de inteira responsabilidade do empreendedor. Feita a observação, a equipe da Superintendência sugeriu o deferimento da licença.

Procurada, a Vallourec afirmou que o processo de licenciamento ambiental de ampliação da pilha Cachoeirinha, aprovado pela Câmara de Atividades Minerárias do Copam, durou quatro anos e passou por todos os trâmites e etapas legais do processo de licenciamento.

Já o Governo de Minas informa que tem adotado todas as medidas cabíveis para garantir a segurança das atividades minerárias em território mineiro. Sobre o processo de licenciamento na Mina Pau Branco, disse que ele se enquadra na modalidade licenciamento ambiental concomitante 1, pela qual são regularizadas as fases prévia, instalação e operação de forma concomitante. O estado informou, ainda, que os processos de licenciamento são conduzidos por análise de equipe multidisciplinar, conforme as normas técnicas vigentes, dentro dos prazos possíveis, de acordo com cada empreendimento a ser licenciado.

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