Polícia indicia homem suspeito de ter estuprado 14 crianças em MG
Segundo depoimento das vítimas, abusos aconteceram há cerca de 20 anos pelo homem que usava atividades em grupos sociais para cometer os crimes
Minas Gerais|Virgínia Nalom, da RecordTV Minas, com Caio Augusto*, do R7
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou um homem, de 54 anos, suspeito de praticar abuso sexual contra 14 crianças em Várzea da Palma, a 307 km de Belo Horizonte, na região Norte do Estado. Segundo as investigações, o homem usava trabalhos sociais e religiosos para praticar os crimes.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Guilherme Vasconcelos, o trabalho da polícia começou depois que uma das vítimas, que fazia parte de uma das atividades do suspeito, contou nas redes sociais sobre um abuso que ocorrido no início dos anos 2000.
— Quando o relato aconteceu, houve uma grande repercussão na cidade e um inquérito policial foi instaurado. Após a publicação, algumas vítimas procuraram a delegacia com o mesmo propósito de fazer uma denúncia.
De acordo com Vasconcelos, o suspeito usava as mesmas estratégias para atrair as vítimas, que na época eram crianças.
— O suspeito informava que iria criar um grupo de dança ou um torneio de futebol e passava nas casas para pegar as meninas e levava para outros lugares.
Ainda segundo o delegado, as investigações apontaram que houve abusos que teriam sido praticados dentro das próprias casas das vítimas.
— Ele aproveitava os momentos de distração dos responsáveis pelas crianças e praticava os abusos.
O delegado Guilherme Vasconcelos também disse que, em depoimento, algumas mulheres disseram que, quando eram crianças, nem sabiam o que estava acontecendo.
— Com o passar o tempo e com o amadurecimento, elas foram criando consciência do que havia acontecido. Isso gerou muita angústia e diversos impactos psicológicos na fase adulta.
O suspeito foi indiciado pela prática de estupro de vulnerável e aguarda o processo em liberdade. A Justiça estabeleceu algumas medidas cautelares para o homem, que está proibido de manter contato com as vítimas e não pode se envolver em trabalhos com crianças.
A reportagem tenta contato com a defesa do suspeito.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Lucas Pavanelli