Polícia investiga se padrasto espancou enteada de 2 anos em BH
Menina foi internada no Hospital Odilon Behrens, segundo a família, com hematomas pelo corpo e dores na região da cabeça
Minas Gerais|Virgínia Nalon, da Record TV Minas
Uma menina de dois anos foi internada após ser supostamente espancada pelo padrasto no bairro Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte. A Polícia Civil investiga o caso.
A criança foi levada para o Hospital Odilon Behrens após o pai perceber que a filha estava com hematomas pelo corpo. A avó, que prefere não se identificar, conta que a família paterna não via a menina há mais de um mês e que ficou preocupado com a situação da neta.
— A mãe sempre alegava que minha neta estava com febre ou gripada e, assim, nunca levava ela para a nossa casa. Quando o pai tirou a roupa dela, encontramos hematomas e mordidas nos braços. Não podíamos nem pentear o cabelo dela, porque o couro cabeludo está todo dolorido.
A avó da criança ainda afirma que, ao perguntarem a origem dos machucados, a menina disse que o namorado da mãe teria a agredido. Horas antes, ao entregar a criança ao pai, o suspeito teria justificado um machucado que estava na testa da vítima.
— Ele falou que a menina estava com uma lesão na testa porque ela teria caído da cama.
A família decidiu acionar a Polícia Militar, que levou a criança até o hospital. Os militares também foram até a casa da mãe da menina e, segundo o tenente Wendel Rômulo, a mulher afirmiu que o namorado é inocente.
— Ela reafirmou que a criança caiu da cama, mas nós desconsideramos isso, porque as lesões apresentadas são incompatíveis. Há uma lesão na testa, marcas nas nádegas de possíveis chutes e o cabelo dela está dolorido.
Aos policiais, o suspeito negou todas as acusações, mas acabou sendo detido, após xingar um dos agentes e tentar fugir da abordagem.
De acordo com a polícia, no hospital, a criança passou por exames, em que os médicos descartaram a possibilidade de queda e reafirmaram que ela foi vítima de violência. A Polícia Militar registrou a ocorrência como lesão corporal e o Conselho Tutelar já está acompanhando o caso, assim como a Polícia Civil.
A criança segue internada, acompanhada pelo pai. Revoltada, a avó da menina quer que os culpados sejam identificados e punidos.
— Eu quero conseguir a guarda da menina. Isso não se faz com uma criança pequena, inocente, incapaz de se defender. Não bateram na minha neta, eles espancaram, torturaram ela.