Minas Gerais Polícia investiga trote que terminou com universitário em coma em Ouro Preto (MG)

Polícia investiga trote que terminou com universitário em coma em Ouro Preto (MG)

Família denuncia que o jovem foi obrigado a ingerir cachaça, além de molhos de pimenta e shoyu; universidade também apura

  • Minas Gerais | Do R7, com Record TV Minas

Caso aconteceu na cidade de Ouro Preto (MG)

Caso aconteceu na cidade de Ouro Preto (MG)

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A Polícia Civil de Minas Gerais investiga um trote universitário que terminou com um calouro em coma na cidade de Ouro Preto, a 96 km de Belo Horizonte. A vítima cursa engenharia na Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), que também investiga o caso.

De acordo com o boletim de ocorrência, Ayrton Carlos Almeida Veras deu entrada em estado grave na unidade de pronto atendimento do município durante a madrugada do dia 5 de agosto. Ele foi levado ao local por colegas que relataram que ele era morador da República Sinagoga, que pertence à universidade.

O jovem e a família disseram que ele foi obrigado a ingerir cachaça, molho de pimenta e molho shoyu durante uma festa e que saiu de lá desmaiado. Ele precisou ficar internado durante 16 dias. Após o caso, Veras trancou a matrícula e voltou para o estado natal dele, o Maranhão.

“A autoridade policial procedeu à requisição de exames periciais e as investigações seguem em andamento na Delegacia de Polícia Civil em Ouro Preto”, informou a Polícia Civil.

Em comunicado, os universitários responsáveis pela administração da República Sinagoga afirmaram que as “alegações são inverídicas” e que repudiam "veementemente a prática de trotes e quaisquer abusos na comunidade acadêmica, reiterando seu compromisso com as regras institucionais do sistema republicano”.

Em nota, a Ufop informou que foi avisada pelo aluno sobre o caso na última quarta-feira (19), data em que também recebeu uma denúncia por meio da ouvidoria. Segundo a reitoria da instituição, um procedimento administrativo foi instaurado para apurar os fatos.

“O estudante foi imediatamente encaminhado para acolhimento pela equipe técnica de moradia e para o acompanhamento por assistente social”, informou a Ufop. "A prática de trote na Universidade pode implicar na aplicação de penalidades de advertência, suspensão ou desligamento dos estudantes envolvidos. Sendo assim, a Universidade reforça a importância de as denúncias serem realizadas pelos canais oficiais da Ouvidoria. Para que seja aberto um processo administrativo, estudantes e servidores devem enviar a denúncia pela plataforma Fala.BR”, concluiu a universidade, em nota.

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