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Prefeitura de BH cria Corredor Ecológico Espinhaço-Serra do Curral

Segundo a PBH, será necessário o fechamento de minas na região para a criação do corredor que visa proteger a biodiversidade 

Minas Gerais|Maria Luiza Reis*, Do R7

Corredor também serve como ferramenta
de monitoramento
Corredor também serve como ferramenta de monitoramento Corredor também serve como ferramenta de monitoramento

A Prefeitura de Belo Horizonte instituiu o Corredor Ecológico Espinhaço-Serra do Curral, que será localizado entre a Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN – Minas Tênis Clube, no Bairro Taquaril, na região leste de Belo Horizonte, e a Mineração Lagoa Seca, no Bairro Belvedere, região centro-sul da capital. A determinação foi publicada no Diário Oficial do Munícipio na manhã desta terça-feira (07) e tem o objetivo de conservar áreas verdes próximas.

Em nota, a Prefeitura reforçou que para a criação efetiva do corredor, é necessário o fechamento de minas na região, como a Mina de Águas Claras (VALE), a Mina Acaba Mundo (Magnesita) e a mina Corumi (EMPABRA). Apenas com o fechamento será possível garantir o processor de recuperação ambiental proposto. 

O corredor

O corredor ecológico também pretende promover uma conexão entre as áreas verdes permitindo, por exemplo, o fluxo migratório de populações silvestres que demandam ambientes maiores para sua sobrevivência. A criação do corredor é importante especialmente em biomas fragmentados pela ação humana, onde é comum a ocorrência de incêndio florestais, desmatamento e mineração; uma vez que essas ações podem levar espécies para ameaça de extinção em médio e longo prazo. 

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O corredor serve também como uma ferramenta de monitoramento da região e quando criado em ambiente urbano, como é o caso, é capaz de potencializar os processos ecológicos para o bem-estar não só das populações silvestres, mas também humanas.

Zonas de gestão

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A Prefeitura de Belo Horizonte também pretende dividir a área em três zonas para facilitar a administração; são elas: 

1) Zona de Proteção, abrangendo as unidades de conservação públicas e privadas, de proteção integral e uso sustentável, os parques municipais e fragmentos de vegetação nativa bem preservados;

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2) Zona de Manejo e Recuperação, composta por áreas degradadas com potencial de recuperação natural ou induzida a serem incorporadas na paisagem natural, visando promover a conectividade da paisagem com a finalidade de deter a degradação dos recursos ou de restauração;

3) Zona de Uso Intensivo, composta por áreas de uso humano consolidado já presentes no território até a data de publicação do decreto.

A criação do corredor partiu de anos de estudos, pesquisas e levantamentos que acontecem desde 2015 e contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, da Universidade Federal de Minas Gerais, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, do Parque Estadual da Baleia, da Fundação Biodiversitas, do Minas Tênis Country, da GND Construções, da Vale e do Hospital Oncomed, entre outros.

Com a publicação do decreto, o próximo passo é determinar as etapas de implementação do corredor, que serão definidas por um grupo técnico assessor. Esse grupo será composto em portaria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente a ser editada no prazo de 90 dias, contados a partir desta terça (07).

*Estagiária sob supervisão de Ana Gomes

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