A Prefeitura de São João Del Rei (MG), a 183 km de Belo Horizonte, suspendeu as aulas das 20 escolas municipais da cidade, a partir desta quarta-feira (25), depois que uma garota de 10 anos morreu, nesta segunda-feira (23), sob a suspeita de contaminação por uma bactéria (Streptococcus pyogenes).
O Superintendente de Imprensa da prefeitura, Tovar Luiz da Silva, informou que as aulas serão suspensas para que as escolas possam ser dedetizadas, uma ação que ele definiu como "medida cautelar para atender a preocupação dos pais". O superintendente não informou quando as aulas retornarão.
A Secretaria Municipal de Saúde investiga a morte de outras três crianças da cidade. No momento, quatro crianças estão internadas no município e sendo acompanhadas pela vigilância em saúde. As crianças estariam apresentando sintomas de amigdalite, febre, vômito, manchas ou erupções na pele, que passaram, em sua maioria, por avaliação médica na rede pública ou privada, e que se encontram estáveis.
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A secretaria pede que, diante de qualquer sintoma, os pais não levem as crianças para suas atividades escolares e busque atendimento médico. A pasta também recomenda medidas protetivas, como higienização das mãos, uso do álcool 70%, não compartilhamento de objetos pessoais (copos, garrafinhas, talheres, etc.) e que seja mantido o esquema vacinal de acordo com o calendário nacional de imunização.
Nesta terça-feira (24), a secretaria emitirá uma nota técnica sobre todo o histórico ocorrido no município, bem como informações importantes e detalhadas sobre a bactéria, forma de contágio e medidas de segurança.
A bactéria
De acordo com o Conselho Federal de Farmácia, a Streptococcus pyogenes é uma bactéria patogênica altamente infecciosa e frequentemente responsável por faringites. No entanto, ela pode provocar doenças mais graves como a escarlatina e a febre reumática.
O microorganismo pode ser encontrado no leite cru ou incorretamente pasteurizado, além de saladas e mariscos. Geralmente, quando os alimentos ficam várias horas à temperatura ambiente antes de serem consumidos.
Entramos em contato com as Secretarias de Estado de Saúde e Educação de Minas Gerais para solicitar um posicionamento sobre o caso, mas ainda não tivemos nenhum retorno.