Prefeitura e Câmara de BH buscam alternativas para reduzir preço das passagens de ônibus
Uma nova reunião com o Secretário de Fazenda definirá o valor do subsídio e de onde orçamento virá
Minas Gerais|Eliane Moreira, da Record TV Minas
O prefeito de Belo Horizonte e o presidente da Câmara Municipal se reuniram mais uma vez com as empresas de ônibus para discutir formas para abaixar o preço das passagens, nesta quinta-feira (18). Após a reunião, Fuad Noman e Gabriel Azevedo divulgaram uma nota conjunta na qual afirmam que o subsídio dado às empresas não será mais de R$740 milhões.
O cálculo feito pelas empresas para que a passagem volte para R$4,50 foi analisado de forma minuciosa pela administração municipal e pela Câmara. Após várias horas de estudo, a conclusão foi de que o valor solicitado, de R$740 milhões de subsídio, estava muito acima do que deveria ser cobrado.
Também nesta quinta, a prefeitura publicou decreto que transfere questões relacionadas ao transporte público para a Superintendência de Mobilidade Urbana do Município. Agora, a SUMOB tem competência para reajustar as tarifas de ônibus da capital. A questão foi questionada porque no dia do aumento da passagem quem assinou o decreto foi a superintendência e não o prefeito Fuad Noman.
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No dia 23 de abril, o valor cobrado passou de R$4,50 para R$6, um aumento de 33%. O reajuste foi decidido em uma reunião entre representantes da prefeitura, das empresas de ônibus e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A nova cobrança não agradou aos usuários que reclamam constantemente da qualidade do serviço prestado pelas empresas de ônibus da capital.
A Câmara de Vereadores criou um projeto de resolução para derrubar a portaria que alterou o valor das passagens.
“O prefeito e eu compreendemos que a população espera que os poderes trabalhem de forma harmônica e independente, dialogada, unida e respeitosa para garantir o valor da passagem, aumentar a qualidade da prestação de serviço e punir os empresários para que eles não façam o que estão fazendo”, disse o vereador Gabriel Azevedo.
O próximo passo será reunir com o secretário de fazenda para definir o valor do subsídio e de onde orçamento virá. Para isso, Câmara e prefeitura vão se unir a partir desta sexta-feira (19). Enquanto a situação não for resolvida, o valor da passagem continua a R$6.