Presidente afastado da Câmara de BH se apresenta, mas fica em silêncio
Wellington Magalhães é investigado por fraudes em licitações e corrupção
Minas Gerais|Do R7 com Record Minas
O presidente afastado da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PTN), se apresentou, nesta quarta-feira (7), ao MP (Ministério Público). Nesta terça-feira (6), Magalhães foi afastado do cargo por 60 dias e é investigado por crimes de fraude em licitações públicas, corrupção passiva e ativa, além de desvio de dinheiro público.
Nesta terça-feira, durante a operação “Santo de Casa” foi expedido um mandado de condução coercitiva, que quer dizer que obrigatoriamente ele terá que depor, mas o vereador não foi encontrado. Após negociar que prestaria depoimento na próxima segunda-feira(12), o vereador se apresentou no fim desta tarde. Ele chegou junto com o advogado e, de acordo com informações, durante o depoimento, preferiu manter o silêncio.
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O MP recebeu uma denúncia de que Magalhães estaria fraudando licitações públicas para desviar recursos em benefício próprio e adquirir bens, como carros e imóveis de luxo em seu próprio nome e de laranjas. As investigações apontam indícios de que o patrimônio pessoal do vereador tenha crescido de maneira desproporcional nos últimos anos.
Magalhães é suspeito de lavar dinheiro, de ter recebido propina por meio de contratos fictícios no valor de R$ 18 milhões com empresas de sua confiança. Os gastos de publicidade teriam sido autorizados pelo presidente em 2015, em um período de 4 meses. As investigações começaram em abril deste ano.
Dos sete mandados de condução coercitiva expedidos na operação, dois não foram cumpridos. Além de Wellington Magalhães, o superintendente de comunicação da câmara, Márcio Fagundes, não foi encontrado. Nesta quarta-feira, ele foi à Câmara dos Vereadores e alegou que não foi intimado por nenhuma autoridade.
Na Câmara, o vereador Henrique Braga, que era vice, assumiu a presidência e já está no novo gabinete.
O corpo jurídico da Casa vai se reunir para decidir se o presidente afastado tem direito a receber salário e outros benefícios como carro oficial e verbas extras.
Operação “Santo de Casa”
O MP e as polícias Civil e Militar, cumpriram mandados de busca e apreensão na mansão de Magalhães, na orla da lagoa da Pampulha, no gabinete do presidente, em um escritório, no bairro Estoril, onde está registrada uma agência de publicidade e no sítio que seria dele em um condomínio de luxo, na cidade de Esmeraldas, na Grande BH. Há suspeita é a de que o presidente da câmara seja dono de duas casas, que não estão em nome dele.