Presídios de MG ficam sem 'raio-X' para revista corporal de visitantes
Problema ocorre devido ao fim de contrato com empresa fornecedora; sindicato teme falhas na segurança
Minas Gerais|Rosildo Mendes e Gisele Ramos, da Record Minas
Ao menos dois presídios de Minas Gerais estão sem body scan, espécie de equipamento de "raio-X" que substitui as revistas íntimas durante as visitas às unidades. O sindicato que representa os policiais penais teme falhas na segurança e alerta para o fato de que o problema pode se espalhar para outras unidades.
Segundo a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais), a situação ocorre devido ao fim do contrato com a empresa que fornece o serviço, que se encerra na quinta-feira (28).
“Algumas unidades já iniciaram a desinstalação dos equipamentos. Nesses casos, as unidades realizam a revista conforme normas previstas no ReNP (Regulamento de Normas e Procedimentos do Sistema Prisional de Minas Gerais)”, declarou em comunicado.
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De acordo com o Sindicato dos Policiais Penais, Betim, na região metropolitana de BH, e Juiz de Fora, a 238 km da capital mineira, já desmobilizaram os equipamentos na última sexta-feira (22). “Uma nova empresa foi contratada e já iniciou os envios dos equipamentos. Até a primeira quinzena de janeiro todos os equipamentos devem estar em operação”, informou a Sejusp.
Para Luiz Gelada, presidente do Sindicado dos Policiais Penais, o cenário coloca o monitoramento em risco. “O nosso maior medo é entrar armamento dentro de unidade prisional, apesar da existência de detector. Existem vários tipos de armamento com materiais diferentes”, comenta.
“Existem também drogas sintéticas que dificilmente serão localizadas e que muito facilmente vão entrar no corpo de alguém. Existem várias formas de saber sobre o ilícito no sistema prisional, mas o aparelho de body scan é necessário”, completou, ao dizer que 90% das apreensões são realizadas graças ao equipamento.
Desde 2016, os equipamentos de escâner corporal substituíram a prática da revista íntima nos presídios em todo o país. Com ele, o visitante ou funcionário da unidade prisional passam por uma cabine, e é feito o rastreamento durante 40 segundos. Assim, é possível ver se há algum objeto dentro do corpo.
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