Privatização da rodoviária de BH deve ter contrato de 30 anos
Expectativa de investimentos é de R$ 116 milhões; governo também organiza concessão de terminais do Move Metropolitano
Minas Gerais|Rodrigo Dias, da Record TV Minas
O Governo de Minas Gerais detalhou, nesta quarta-feira (13), o projeto de concessão da Rodoviária de Belo Horizonte, dos cinco terminais de integração e 17 estações do Sistema Move Metropolitano à iniciativa privada.
O prazo será de 30 anos e estão previstos investimentos de R$ 116 milhões por parte do futuro operador.
O subsecretário de Transportes e Mobilidade do Estado, Gabriel Fajardo, e técnicos da secretaria tiraram dúvidas das empresas interessadas e da população.
Veja também:Bolsonaro sanciona projeto para ampliação do metrô de BH
Pela proposta, o governo do Estado deixa de ter responsabilidade sobre a manutenção dos terminais e estações, que serão administrados pela empresa que vencer a licitação.
De acordo com Fajardo, não há previsão de reajuste nas tarifas cobradas dos passageiros, exceto aqueles que acompanham a inflação.
— Na verdade, esse dinheiro vem da otimização desses recursos que, atualmente, já são pagos pelos usuários, através dos quais a iniciativa privada consegue fazer esses investimentos.
Concessões
Na última terça-feira (5), o Aeroporto da Pampulha foi leiloado por R$ 34 milhões. O local passará a ser administrado pela CCR (Companhia de Participações em Concessões), que também é responsável pelo Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.
As concessões fazem parte das promessas de campanha do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O político ainda tem interesse em repassar à iniciativa privada empresas estatais, como a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), a Copasa (Companhia de Saneamento) e a Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico), responsável pela exploração de nióbio.
Rodoviária
O Terminal Rodoviário de Belo Horizonte foi inaugurado em 1971, como um dos maiores e mais modernos terminais de passageiros da América Latina. O local recebe aproximadamente 10 milhões de passageiros por ano e movimenta uma média de 40 mil pessoas por dia.
A prefeitura tinha intenção de construir uma nova rodoviária, mas o contrato de concessão foi extinto sem que as obras fossem executadas.